Economia

Crédito imobiliário cai 19% em junho; setor mantém previsão

Combinação de economia em desaceleração, menos vendas de construtoras e menos dias úteis devido derrubou os financiamentos imobiliários em junho


	São Paulo: volume de empréstimos para compra de imóveis no país somou 9 bilhões de reais no mês passado
 (Germano Lüders/EXAME/Site Exame)

São Paulo: volume de empréstimos para compra de imóveis no país somou 9 bilhões de reais no mês passado (Germano Lüders/EXAME/Site Exame)

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Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2014 às 17h47.

São Paulo - A combinação de economia em desaceleração, menos vendas de construtoras e menos dias úteis devido à Copa do Mundo derrubou os financiamentos imobiliários no Brasil em junho, mas o setor manteve a previsão de alta de 15 por cento para 2014.

O volume de empréstimos para compra de imóveis no país somou 9 bilhões de reais no mês passado, queda de 19 por cento ante igual etapa de 2013, informou nesta quinta-feira a entidade que representa as financiadoras do setor, Abecip. Na comparação com maio, a queda foi de 7%.

No acumulado do semestre, os financiamentos para compra de moradia, que consideram os recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) cresceram 7 por cento na comparação anual, para 53,1 bilhões de reais.

O fraco desempenho do mês passado contraria a tendência de um setor que nos últimos anos se acostumou a recordes de alta, em meio ao aumento da renda real das famílias e ao crescente interesse dos bancos por financiamentos de longo prazo e maiores garantias de retomada do bem em caso de inadimplência.

"Há condições para um crescimento de 15 a 20 por cento por algum tempo, o que é saudável e factível", disse a jornalistas o presidente da Abecip, Octavio de Lazari Junior.

Em 2013, o volume de empréstimos para compra da casa própria pelo SBPE cresceu 32 por cento. Para este ano, a previsão de alta de 15 por cento foi mantida, o que implica que o setor terá que avançar quase seis vezes mais rápido na segunda metade do ano em relação à primeira para atingir o alvo de 125,6 bilhões de reais.

Para Lazari Junior, o segundo semestre historicamente mais ativo, a continuidade do crescimento da renda das famílias, a baixa inadimplência do setor --mantida ao redor de 1,8 por cento neste ano-- concorrem para aceleração dos financiamentos até dezembro, mesmo com a economia fraca.

Em junho, foram financiadas 42,4 mil moradias, queda de 20 por cento na comparação anual e de 8 por cento sobre maio. No semestre, o crédito do sistema financeiro participou na aquisição e construção de 256,1 mil imóveis, 5 por cento maior ante igual etapa de 2013.

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