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Corte é insuficiente para cumprir meta fiscal, avalia Tendências

Economista Felipe Salto diz que o ajuste fiscal é bem-vindo, mas não alivia o aperto monetário do Banco Central

Mantega diz que o corte nos gastos é mais vantajoso do que um aumento de juros (.)
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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2010 às 18h09.

São Paulo - O corte de R$ 10 bilhões no orçamento deste ano anunciado nesta quinta-feira (13) não é suficiente para o cumprimento da meta de superávit primário de 3,3% do Produto Interno Bruto (PIB). Na avaliação da Tendências Consultoria, o governo precisará recorrer ao mecanismo de desconto dos gastos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para atingir o objetivo traçado.

"No melhor cenário possível, que inclui forte expansão das receitas, o governo conseguirá um superávit primário de 2,8% do PIB", diz Felipe Salto, economista da Tendências. O erro, segundo ele, foi o governo não ter evitado no passado reajustes salariais e contratações de funcionários que hoje não podem ser revistos. "Esse não é um problema específico deste governo, mas de todos", salienta Salto.

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A Tendências Consultoria calcula que o corte anunciado deveria ter sido bem maior, em torno de R$ 30 bilhões. O governo, no entanto, argumenta que já fez um contingenciamento de R$ 21,8 bilhões no Orçamento de 2010.

Quanto ao impacto na inflação, o economista Felipe Salto acredita que a medida fiscal não alivia o trabalho do Banco Central, que deverá elevar os juros em mais 2,25 pontos percentuais até o final do ano, com a Selic chegando a 11,75%.

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