Copom sobe juros para 7,50% ao ano
Depois de três reuniões seguidas de manutenção, taxa básica de juros sobe, como era esperado pelo mercado
Da Redação
Publicado em 17 de abril de 2013 às 20h27.
São Paulo - O Comitê de Política Monetária ( Copom ) elevou a Selic em 0,25 ponto percentual, para 7,50% ao ano, c omo era esperado por parte do mercado. A decisão foi sem viés e não foi unânime.
Em comunicado, o Comitê afirmou que "avalia que o nível elevado da inflação e a dispersão de aumentos de preços, entre outros fatores, contribuem para que a inflação mostre resistência e ensejam uma resposta da política monetária. Por outro lado, o Copom pondera que incertezas internas e, principalmente, externas cercam o cenário prospectivo para a inflação e recomendam que a política monetária seja administrada com cautela".
O Copom decidiu elevar a taxa Selic para 7,50% por seis votos a favor e dois votos pela manutenção da taxa Selic em 7,25%. Votaram pela elevação da taxa Selic para 7,50%: Alexandre Antonio Tombini (Presidente), Altamir Lopes, Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo, Luiz Edson Feltrim e Sidnei Corrêa Marques. Votaram pela manutenção da taxa Selic em 7,25%: Aldo Luiz Mendes e Luiz Awazu Pereira da Silva.
Inflação
A reunião do Copom dessa semana aconteceu após a divulgação do IPCA de março, na semana passada. A inflação apresentou variação de 0,47% em março. Considerando os últimos 12 meses, o índice foi para 6,59% - acima do teto da meta de inflação , 6,50%. Desde novembro de 2011 a inflação acumulada em 12 meses não rompia o teto da meta - naquela ocasião a taxa ficou em 6,64%.
Na última sexta-feira, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, havia afirmado que não há nem haverá tolerância com a inflação. Até o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou, no mesmo dia, que mesmo medidas não populares, como elevação de juros, seriam tomadas para combater a inflação. E, nessa semana, a presidente Dilma disse que qualquer necessidade de aumento de juros para combate a inflação hoje em dia "será possível fazê-la em um patamar bem menor" do que na época em que o país conviveu com taxas mais altas.
Esse é o primeiro aumento da taxa básica de juros desde julho de 2011. A Selic havia sido mantida em 7,25% nas três últimas reuniões do Copom (novembro de 2012, janeiro e março), após um ciclo de dez reduções seguidas. O ciclo de cortes havia sido iniciado pelo Copom em 31 de agosto de 2011 (veja gráfico no final da matéria). Na época, a queda de 0,50 ponto percentual da taxa de 12% ao ano surpreendeu o mercado. Em maio de 2012, a Selic atingiu sua mínima histórica no Brasil até então, 8,5%, e seguiu em queda, atingindo novas mínimas.
A ata da reunião será divulgada na próxima semana. A próxima reunião do Comitê será realizada nos dias 28 e 29 de maio.
São Paulo - O Comitê de Política Monetária ( Copom ) elevou a Selic em 0,25 ponto percentual, para 7,50% ao ano, c omo era esperado por parte do mercado. A decisão foi sem viés e não foi unânime.
Em comunicado, o Comitê afirmou que "avalia que o nível elevado da inflação e a dispersão de aumentos de preços, entre outros fatores, contribuem para que a inflação mostre resistência e ensejam uma resposta da política monetária. Por outro lado, o Copom pondera que incertezas internas e, principalmente, externas cercam o cenário prospectivo para a inflação e recomendam que a política monetária seja administrada com cautela".
O Copom decidiu elevar a taxa Selic para 7,50% por seis votos a favor e dois votos pela manutenção da taxa Selic em 7,25%. Votaram pela elevação da taxa Selic para 7,50%: Alexandre Antonio Tombini (Presidente), Altamir Lopes, Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo, Luiz Edson Feltrim e Sidnei Corrêa Marques. Votaram pela manutenção da taxa Selic em 7,25%: Aldo Luiz Mendes e Luiz Awazu Pereira da Silva.
Inflação
A reunião do Copom dessa semana aconteceu após a divulgação do IPCA de março, na semana passada. A inflação apresentou variação de 0,47% em março. Considerando os últimos 12 meses, o índice foi para 6,59% - acima do teto da meta de inflação , 6,50%. Desde novembro de 2011 a inflação acumulada em 12 meses não rompia o teto da meta - naquela ocasião a taxa ficou em 6,64%.
Na última sexta-feira, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, havia afirmado que não há nem haverá tolerância com a inflação. Até o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou, no mesmo dia, que mesmo medidas não populares, como elevação de juros, seriam tomadas para combater a inflação. E, nessa semana, a presidente Dilma disse que qualquer necessidade de aumento de juros para combate a inflação hoje em dia "será possível fazê-la em um patamar bem menor" do que na época em que o país conviveu com taxas mais altas.
Esse é o primeiro aumento da taxa básica de juros desde julho de 2011. A Selic havia sido mantida em 7,25% nas três últimas reuniões do Copom (novembro de 2012, janeiro e março), após um ciclo de dez reduções seguidas. O ciclo de cortes havia sido iniciado pelo Copom em 31 de agosto de 2011 (veja gráfico no final da matéria). Na época, a queda de 0,50 ponto percentual da taxa de 12% ao ano surpreendeu o mercado. Em maio de 2012, a Selic atingiu sua mínima histórica no Brasil até então, 8,5%, e seguiu em queda, atingindo novas mínimas.
A ata da reunião será divulgada na próxima semana. A próxima reunião do Comitê será realizada nos dias 28 e 29 de maio.