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Copom sobe juros para 7,50% ao ano

Depois de três reuniões seguidas de manutenção, taxa básica de juros sobe, como era esperado pelo mercado

Reunião do Copom: Esse é o primeiro aumento da taxa básica de juros desde julho de 2011 (Elza Fiúza/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2013 às 20h27.

São Paulo - O Comitê de Política Monetária ( Copom ) elevou a Selic em 0,25 ponto percentual, para 7,50% ao ano, c omo era esperado por parte do mercado. A decisão foi sem viés e não foi unânime.

Em comunicado, o Comitê afirmou que "avalia que o nível elevado da inflação e a dispersão de aumentos de preços, entre outros fatores, contribuem para que a inflação mostre resistência e ensejam uma resposta da política monetária. Por outro lado, o Copom pondera que incertezas internas e, principalmente, externas cercam o cenário prospectivo para a inflação e recomendam que a política monetária seja administrada com cautela".

O Copom decidiu elevar a taxa Selic para 7,50% por seis votos a favor e dois votos pela manutenção da taxa Selic em 7,25%. Votaram pela elevação da taxa Selic para 7,50%: Alexandre Antonio Tombini (Presidente), Altamir Lopes, Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo, Luiz Edson Feltrim e Sidnei Corrêa Marques. Votaram pela manutenção da taxa Selic em 7,25%: Aldo Luiz Mendes e Luiz Awazu Pereira da Silva.

Inflação

A reunião do Copom dessa semana aconteceu após a divulgação do IPCA de março, na semana passada. A inflação apresentou variação de 0,47% em março. Considerando os últimos 12 meses, o índice foi para 6,59% - acima do teto da meta de inflação , 6,50%. Desde novembro de 2011 a inflação acumulada em 12 meses não rompia o teto da meta - naquela ocasião a taxa ficou em 6,64%.

Na última sexta-feira, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, havia afirmado que não há nem haverá tolerância com a inflação. Até o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou, no mesmo dia, que mesmo medidas não populares, como elevação de juros, seriam tomadas para combater a inflação. E, nessa semana, a presidente Dilma disse que qualquer necessidade de aumento de juros para combate a inflação hoje em dia "será possível fazê-la em um patamar bem menor" do que na época em que o país conviveu com taxas mais altas.

Esse é o primeiro aumento da taxa básica de juros desde julho de 2011. A Selic havia sido mantida em 7,25% nas três últimas reuniões do Copom (novembro de 2012, janeiro e março), após um ciclo de dez reduções seguidas. O ciclo de cortes havia sido iniciado pelo Copom em 31 de agosto de 2011 (veja gráfico no final da matéria). Na época, a queda de 0,50 ponto percentual da taxa de 12% ao ano surpreendeu o mercado. Em maio de 2012, a Selic atingiu sua mínima histórica no Brasil até então, 8,5%, e seguiu em queda, atingindo novas mínimas.

A ata da reunião será divulgada na próxima semana. A próxima reunião do Comitê será realizada nos dias 28 e 29 de maio.

(Juliana Pimenta)

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São Paulo - O Comitê de Política Monetária ( Copom ) elevou a Selic em 0,25 ponto percentual, para 7,50% ao ano, c omo era esperado por parte do mercado. A decisão foi sem viés e não foi unânime.

Em comunicado, o Comitê afirmou que "avalia que o nível elevado da inflação e a dispersão de aumentos de preços, entre outros fatores, contribuem para que a inflação mostre resistência e ensejam uma resposta da política monetária. Por outro lado, o Copom pondera que incertezas internas e, principalmente, externas cercam o cenário prospectivo para a inflação e recomendam que a política monetária seja administrada com cautela".

O Copom decidiu elevar a taxa Selic para 7,50% por seis votos a favor e dois votos pela manutenção da taxa Selic em 7,25%. Votaram pela elevação da taxa Selic para 7,50%: Alexandre Antonio Tombini (Presidente), Altamir Lopes, Anthero de Moraes Meirelles, Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo, Luiz Edson Feltrim e Sidnei Corrêa Marques. Votaram pela manutenção da taxa Selic em 7,25%: Aldo Luiz Mendes e Luiz Awazu Pereira da Silva.

Inflação

A reunião do Copom dessa semana aconteceu após a divulgação do IPCA de março, na semana passada. A inflação apresentou variação de 0,47% em março. Considerando os últimos 12 meses, o índice foi para 6,59% - acima do teto da meta de inflação , 6,50%. Desde novembro de 2011 a inflação acumulada em 12 meses não rompia o teto da meta - naquela ocasião a taxa ficou em 6,64%.

Na última sexta-feira, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, havia afirmado que não há nem haverá tolerância com a inflação. Até o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou, no mesmo dia, que mesmo medidas não populares, como elevação de juros, seriam tomadas para combater a inflação. E, nessa semana, a presidente Dilma disse que qualquer necessidade de aumento de juros para combate a inflação hoje em dia "será possível fazê-la em um patamar bem menor" do que na época em que o país conviveu com taxas mais altas.

Esse é o primeiro aumento da taxa básica de juros desde julho de 2011. A Selic havia sido mantida em 7,25% nas três últimas reuniões do Copom (novembro de 2012, janeiro e março), após um ciclo de dez reduções seguidas. O ciclo de cortes havia sido iniciado pelo Copom em 31 de agosto de 2011 (veja gráfico no final da matéria). Na época, a queda de 0,50 ponto percentual da taxa de 12% ao ano surpreendeu o mercado. Em maio de 2012, a Selic atingiu sua mínima histórica no Brasil até então, 8,5%, e seguiu em queda, atingindo novas mínimas.

A ata da reunião será divulgada na próxima semana. A próxima reunião do Comitê será realizada nos dias 28 e 29 de maio.

(Juliana Pimenta)

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