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Remy Sharp
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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou nesta quarta-feira, 3, manutenção na taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% ao ano. A decisão veio em linha com as expectativas de economistas do mercado financeiro, que apostavam majoritariamente na manutenção da taxa. Havia uma avaliação geral de que o BC pudesse sinalizar uma queda ainda neste ano, o que não se concretizou.

"O Comitê entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego", diz o comunicado do Copom.

O Copom deste mês ocorreu com dois desfalques. A cadeira de Política Monetária está vazia desde a saída de Bruno Serra, no fim de março, e espera a indicação de um nome pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A diretora de Administração, Carolina Barros, também está ausente, mas devido à morte de um familiar.

No último boletim Focus, divulgado na terça-feira, 2, a previsão do mercado financeiro para o crescimento da economia brasileira este ano subiu de 0,96% para 1%. Para o próximo ano, a expectativa para o produto interno bruto (PIB, a soma dos bens e serviços produzidos no país) é de crescimento de 1,41%. Em 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,8% para os dois anos.

Brasil tem maior juro real, seguido do México

O Brasil tem o segundo maior juro nominal do mundo (atrás da Argentina) e, descontada a inflação, o maior juro real.

De uma lista de 40 países monitorados pela Infinity Asset, o Brasil liderou com o maior juro real em março, segundo o ranking mensal elaborado pela gestora e pelo portal MoneYou.

No último ranking, o Brasil aparece com juro real em torno de 7%, diante de uma inflação projetada para os próximos 12 meses em torno de 6%.

O Brasil é seguido pelo México (juro real em torno de 6%) e pelo Chile (em torno de 5%) na lista dos maiores juros reais.

Fed eleva juros nos EUA

Também nessa Super Quarta da economia, o Fomc, comitê do Federal Reserve (Fed) responsável por decidir a taxa de juro nos Estados Unidos, elevou a taxa em 0,25 ponto percentual (p.p.) para o intervalo entre 5,00% e 5,25%. Esta é a décima alta consecutiva de juros nos EUA e coloca a taxa no nível mais alto desde agosto de 2007. O Fed havia elevado as taxas de juro em 0,25 p.p. na última reunião.

Além da própria decisão, o grande foco dos investidores está nos próximos passos do Fed. Alguns sinais foram dados no comunicado, que retirou a afirmação anterior de que o Comitê antecipava "que novos ajustes seriam apropriados" para alcançar a meta de 2% da inflação. A falta da sentença pode indicar que o ciclo de alta de juros chegou ao final nos EUA.

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