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Copom mantém taxa Selic em 13,75% ao ano

Índice foi definido em agosto, após uma série de altas, e mantido na última reunião, em setembro

Taxa de juros: Em setembro, ao manter a Selic em 13,75%, o Copom interrompeu o ciclo de alta da taxa de juros, iniciado em março de 2021 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Alessandra Azevedo

Publicado em 26 de outubro de 2022 às 18h37.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu, nesta quarta-feira, 26, manter a taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% ao ano, patamar definido em agosto, após 12 altas consecutivas, e mantido na última reunião, em setembro.

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Pela projeção do boletim Focus mais recente, divulgado na segunda-feira, 24, pelo BC, a Selic deve ser mantida em 13,75% pelo menos até o fim deste ano. O Copom ainda se reunirá uma vez em 2022, na primeira semana de dezembro. Para o fim de 2023, o mercado projeta 11,25% e, para 2024, 8%.

Em setembro, ao manter a Selic em 13,75%, o Copom interrompeu o ciclo de alta da taxa de juros, iniciado em março de 2021. O colegiado, porém, ressaltou no mês passado que "não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”.

Entre julho de 2015 e outubro de 2016, a taxa ficou em 14,25% ao ano e, depois, passou a ser reduzida até chegar a 6,5% ao ano, em março de 2018.A partir de agosto de 2019, começou outra fase de reduções, chegando a 2% ao ano em agosto de 2020, com impacto da pandemia de covid-19.

Em março de 2021, pela primeira vez desde julho de 2015, o BC elevou a taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual, para 2,75%, e iniciou o ciclo de alta.A interrupção desse movimento, em setembro deste ano, foi motivada pela desaceleração da inflação.

Depois de dois meses em queda, porém, oÍndice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país, voltou a subir em outubro. A alta registrada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi de 0,16%.

O acumulado em 12 meses do IPCA-15 foi a 6,85%, ainda em queda ante os 7,96% registrados em setembro. Nos dez meses do ano até outubro, a variação acumulada é de 4,8%.As instituições financeiras ouvidas pelo BC no boletim Focus projetam que a inflação, medida pelo IPCA, terminará o ano em 5,6%.

O teto da meta, portanto, deve ser ultrapassado pelo segundo ano consecutivo em 2022.A meta de inflação a ser perseguida pelo BC este ano é de 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ficando entre 2% e 5%.

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