Economia

Copom mantém Selic em 7,25% ao ano

Comitê encerra ciclo de dez cortes seguidos; taxa passou de 12,50% para atual, mínima histórica


	Reunião do Copom: manutenção interrompe um ciclo de dez reduções seguidas na Selic
 (Agência Brasil)

Reunião do Copom: manutenção interrompe um ciclo de dez reduções seguidas na Selic (Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2012 às 13h18.

São Paulo – A última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de 2012 optou pela manutenção da taxa básica de juros em 7,25% ao ano, sem viés, a mais baixa da história. Essa manutenção interrompe um ciclo de pouco mais de um ano de cortes nos juros e era esperada pelo mercado.

A decisão foi unânime. De acordo com o comunicado emitido pelo Banco Central, após a reunião, "considerando o balanço de riscos para a inflação, a recuperação da atividade doméstica e a complexidade que envolve o ambiente internacional, o Comitê entende que a estabilidade das condições monetárias por um período de tempo suficientemente prolongado é a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta, ainda que de forma não linear".

A manutenção interrompe um ciclo de dez reduções seguidas na Selic. O ciclo foi iniciado pelo Copom em 31 de agosto de 2011 (veja gráfico no final da matéria). Na época, a queda de 0,50 ponto percentual da taxa de 12% ao ano surpreendeu. Em maio de 2012, a Selic atingiu sua mínima histórica no Brasil até então, 8,5%, e seguiu em queda, atingindo novas mínimas.  A próxima reunião do Comitê será realizada nos dias 15 e 16 de janeiro de 2013. 

Expectativas

O último boletim Focus, elaborado pelo BC com base em consultas feitas a instituições financeiras, apontava para a manutenção da taxa em 7,25%. O comunicado emitido após a reunião do Comitê em outubro já indicava que, muito provavelmente, a Selic seria mantida em 7,25% na última reunião do ano. 

A ata da reunião de outubro afirmou que “diante do exposto, considerando o balanço de riscos para a inflação, a recuperação da atividade doméstica e a complexidade que envolve o ambiente internacional, o Comitê entende que a estabilidade das condições monetárias por um período de tempo suficientemente prolongado é a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta, ainda que de forma não linear".

Em outubro, em decorrência da ata da reunião de agosto, o mercado previa, majoritariamente, a manutenção da taxa ou o corte de 0,25 ponto percentual. Na reunião de outubro, cinco membros do Comitê votaram a favor do corte de 0,25 ponto percentual e três votaram pela manutenção da taxa em 7,50% ao ano.

(Juliana Pimenta)

Acompanhe tudo sobre:CopomEstatísticasIndicadores econômicosInfográficosInfográficos de EconomiaJurosSelic

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto