Economia

Copom eleva a 15% projeção de queda no preço da energia

A estimativa, de acordo com os diretores do BC, levou em conta os impactos diretos das reduções de encargos setoriais anunciadas recentemente


	O BC elevou de 11% para "aproximadamente 15%" a projeção de queda da tarifa residencial de eletricidade em 2013, informada na ata da reunião passada do Copom
 (Fernando Camino/Getty Images)

O BC elevou de 11% para "aproximadamente 15%" a projeção de queda da tarifa residencial de eletricidade em 2013, informada na ata da reunião passada do Copom (Fernando Camino/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2013 às 10h03.

Brasília - O Banco Central elevou de 11% para "aproximadamente 15%" a projeção de queda da tarifa residencial de eletricidade em 2013, informada na ata da reunião passada do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta quinta-feira.

A estimativa, de acordo com os diretores do BC, levou em conta os impactos diretos das reduções de encargos setoriais anunciadas recentemente e os reajustes e revisões tarifárias já programados para 2013.

Já a projeção de reajuste no preço da gasolina para 2013 foi mantida em 5%, como já era considerado na reunião do Copom de janeiro. O BC também projeta estabilidade da tarifa de telefonia fixa e do preço do gás de bujão, para o acumulado deste ano.

No caso dos preços administrados por contrato e monitorados, a estimativa do Comitê passou de 3,0% na reunião de janeiro para 2,7% para o período deste ano. Para 2014, a projeção de reajuste para o conjunto dos preços administrados foi mantida em 4,5%.

Essa projeção, de acordo com o BC, considera, entre outras variáveis, componentes sazonais, inflação de preços livres e inflação medida pelo Índice Geral de Preços (IGP).

Setor público

Assim como na ata de janeiro, o Copom repetiu que o balanço do setor público está em posição expansionista. O BC vê a no primeiro mês de 2013 tendência de a demanda doméstica se apresentar robusta, especialmente no que diz respeito ao consumo das famílias.


Isso ocorre, de acordo com o BC, em grande parte devido aos efeitos de fatores de estímulo, como o crescimento da renda e a expansão moderada do crédito. Esse ambiente tende a prevalecer, conforme o colegiado, neste e nos próximos semestres.

A previsão é de que, nesse período, a demanda doméstica seja impactada pelos efeitos das ações de política recentemente implementadas, que são defasados e cumulativos.

Para o Comitê, esses efeitos, os programas de concessão de serviços públicos, os estoques em níveis ajustados e a gradual recuperação da confiança dos empresários criam perspectivas de intensificação dos investimentos.

Por outro lado, o Copom observou que o ainda frágil cenário internacional é um fator de contenção da demanda agregada. "Esses elementos e os desenvolvimentos no âmbito parafiscal e no mercado de ativos são partes importantes do contexto no qual decisões futuras de política monetária serão tomadas, com vistas a assegurar a convergência tempestiva da inflação para a trajetória de metas", trouxe o documento.


Crescimento

O Copom salientou que informações recentes apontam para a retomada do investimento e para uma trajetória de crescimento mais alinhada com o crescimento potencial. O Comitê ponderou que o ritmo de recuperação da atividade econômica doméstica, menos intenso do que se antecipava, se deve a limitações no campo da oferta.

O Copom notou também que a demanda doméstica continuará a ser impulsionada pelos efeitos defasados de ações de política monetária implementadas recentemente.

Também contribui para esse movimento a expansão moderada da oferta de crédito para pessoas físicas e jurídicas. O documento desta quinta-feira retirou a frase vista na ata de janeiro e que se seguia à previsão de uma expansão maior da atividade em 2013.

Para o Copom, os riscos para a estabilidade financeira global permaneceram elevados, em particular os derivados do processo de desalavancagem em curso nos principais blocos econômicos.

A ata diz ainda que se mantiveram inalteradas as perspectivas de atividade global moderada. No mesmo parágrafo, o Comitê destaca "evidências de acomodação dos preços nos mercados internacionais de commodities".

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