Copom diz que nível de incertezas supera o usual
Para o comitê, há riscos para que se atinja um cenário em que a inflação retorne a meta de 4,5% ao ano até 2012
Da Redação
Publicado em 28 de abril de 2011 às 10h36.
Brasília - O cenário prospectivo para inflação não tem evoluído favoravelmente, e além disso, o ambiente econômico continua com nível de incertezas acima do usual. Por isso, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) identifica riscos para que se atinja um cenário em que a inflação retorne ao centro da meta, de 4,5% ao ano, até o final de 2012.
Isso é o que consta na ata da reunião realizada pelo Copom na semana passada, divulgada hoje (28) pelo BC, com justificativas para a elevação de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic), que passou de 11,75% para 12% ao ano. Nas três reuniões que o colegiado de diretores do BC fez neste ano, a Selic aumentou 1,25 ponto percentual, no total.
A ata destaca que nos últimos seis meses a inflação tem sido “negativamente influenciada por choques de oferta” domésticos e externos, e afirma que a concentração atípica de reajustes de preços administrados (energia elétrica, transporte público, educação e outros) no primeiro trimestre do ano também pressionou a inflação. O comitê ressalta, no entanto, que o comportamento desses itens “tende a ser relativamente benigno” mais para o final de 2011.
O Copom manifesta preocupação com o descompasso entre as taxas de crescimento da demanda e da oferta, e destaca a importância das medidas adotadas nos últimos meses para reduzir o ritmo de expansão do crédito. Salienta, contudo, que ainda existe “influência ambígua” do cenário externo, em razão dos aumentos dos preços de commodities (matérias-primas com cotação internacional, como minerais e alimentos agropecuários) e seus efeitos sobre a inflação doméstica.
A ata do Copom lembra que “a demanda doméstica se apresenta robusta”, devido ao crescimento da renda do trabalhador e da expansão do crédito. Além disso, impulsos fiscais e creditícios foram aplicados na economia nos últimos trimestres e ainda devem contribuir para a expansão da atividade. Para o comitê, todos esses fatores precisam ser devidamente acompanhados, e são determinantes para a implementação de ajustes das condições monetárias por “um período suficientemente prolongado” para garantir a convergência para a meta em 2012.
Brasília - O cenário prospectivo para inflação não tem evoluído favoravelmente, e além disso, o ambiente econômico continua com nível de incertezas acima do usual. Por isso, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) identifica riscos para que se atinja um cenário em que a inflação retorne ao centro da meta, de 4,5% ao ano, até o final de 2012.
Isso é o que consta na ata da reunião realizada pelo Copom na semana passada, divulgada hoje (28) pelo BC, com justificativas para a elevação de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic), que passou de 11,75% para 12% ao ano. Nas três reuniões que o colegiado de diretores do BC fez neste ano, a Selic aumentou 1,25 ponto percentual, no total.
A ata destaca que nos últimos seis meses a inflação tem sido “negativamente influenciada por choques de oferta” domésticos e externos, e afirma que a concentração atípica de reajustes de preços administrados (energia elétrica, transporte público, educação e outros) no primeiro trimestre do ano também pressionou a inflação. O comitê ressalta, no entanto, que o comportamento desses itens “tende a ser relativamente benigno” mais para o final de 2011.
O Copom manifesta preocupação com o descompasso entre as taxas de crescimento da demanda e da oferta, e destaca a importância das medidas adotadas nos últimos meses para reduzir o ritmo de expansão do crédito. Salienta, contudo, que ainda existe “influência ambígua” do cenário externo, em razão dos aumentos dos preços de commodities (matérias-primas com cotação internacional, como minerais e alimentos agropecuários) e seus efeitos sobre a inflação doméstica.
A ata do Copom lembra que “a demanda doméstica se apresenta robusta”, devido ao crescimento da renda do trabalhador e da expansão do crédito. Além disso, impulsos fiscais e creditícios foram aplicados na economia nos últimos trimestres e ainda devem contribuir para a expansão da atividade. Para o comitê, todos esses fatores precisam ser devidamente acompanhados, e são determinantes para a implementação de ajustes das condições monetárias por “um período suficientemente prolongado” para garantir a convergência para a meta em 2012.