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Copom: avanço do cenário básico justifica revisão da Selic

No encontro, foi decidido que a taxa básica de juros permaneceria em 6,50% ao ano pela quinta vez consecutiva

BC: em ata, banco voltou a defender a continuidade do processo de reformas e ajustes na economia brasileira (Getty/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de novembro de 2018 às 09h36.

Última atualização em 6 de novembro de 2018 às 11h49.

Brasília - O Comitê de Política Monetária ( Copom ) do Banco Central reafirmou nesta terça-feira, 6, na ata do encontro da semana passada, que os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação.

Esta ideia já constou no comunicado do encontro da semana passada do Copom, quando a Selic (a taxa básica de juros) permaneceu em 6,50% ao ano. Foi o quinto encontro consecutivo em que a taxa foi mantida neste patamar. "Na avaliação do Copom, a evolução do cenário básico e do balanço de riscos prescreve manutenção da taxa Selic no nível vigente", disse o colegiado na ata, ao tratar de sua decisão.

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O Copom afirmou ainda que entende que "deve pautar sua atuação com foco na evolução das projeções e expectativas de inflação, do seu balanço de riscos e da atividade econômica". "Choques que produzam ajustes de preços relativos devem ser combatidos apenas no impacto secundário que poderão ter na inflação prospectiva", acrescentou o BC. Os efeitos secundários dizem respeito à propagação do choque a preços da economia não diretamente afetados pelo choque.

"É por meio desses efeitos secundários que esses choques podem afetar as projeções e expectativas de inflação e alterar o balanço de riscos", disse o BC na ata. "Esses efeitos podem ser mitigados pelo grau de ociosidade na economia e pelas expectativas de inflação ancoradas nas metas. Portanto, não há relação mecânica entre choques recentes e a política monetária."

Em outro trecho da ata, o BC voltou a defender a continuidade do processo de reformas e ajustes na economia brasileira, visto como "essencial para a manutenção da inflação baixa no médio e longo prazos, para a queda da taxa de juros estrutural e para a recuperação sustentável da economia".

Ao mesmo tempo, o BC repetiu na ata, sem citar diretamente o resultado eleitoral, a ideia de que "a percepção de continuidade da agenda de reformas afeta as expectativas e projeções macroeconômicas correntes".

De acordo com o BC, a decisão de manter a Selic em 6,50% ao ano na semana passada "reflete seu cenário básico e balanço de riscos para a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui o ano-calendário de 2019 e, em menor grau, de 2020".

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