Copom avalia qual ritmo de redução da Selic é adequado, diz Ilan
A taxa influencia os demais juros da economia e é o principal instrumento do BC para controle da inflação
Agência Brasil
Publicado em 17 de maio de 2017 às 20h46.
Última atualização em 17 de maio de 2017 às 20h52.
O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn , disse hoje (17) que o Comitê de Política Monetária (Copom) está avaliando "uma intensificação adicional moderada" do ritmo de redução na Selic, taxa básica de juros da economia.
Na sua última reunião, em abril, o Copom reduziu a Selic em um ponto percentual, de 12,25% para 11,25% ao ano.
"Estamos ponderando qual o grau de antecipação adequado, entre o atual ritmo e uma intensificação adicional moderada. Não há definição no momento, a decisão ocorrerá apenas na próxima reunião do Copom" disse Goldfajn em um evento de encerramento da missão de avaliação anual do Fundo Monetário Internacional (FMI) em Brasília.
A próxima reunião do Copom será em 30 e 31 de maio.
A taxa Selic influencia os demais juros da economia e é o principal instrumento do BC para controle da inflação.
Quando a taxa está elevada, desestimula o consumo e o crédito, ajudando a manter os preços mais baixos.
Quando é reduzida, ocorre o contrário: o consumo, a tomada de crédito e os negócios são estimulados.
Em outubro do ano passado, a taxa estava em 14,25% ao ano, após seguidas elevações para controlar o avanço dos preços. Naquele mês, o Copom reduziu a Selic em 0,25 ponto percentual.
Foi a primeira redução da taxa básica em um período de quatro anos.
A partir de janeiro deste ano, o comitê intensificou o corte de juros, com redução de 0,75 ponto percentual, ritmo que se manteve até o mês passado, quando houve o corte de um ponto percentual.
Ilan Goldfajn disse, no evento do FMI, que a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 10,7%, em dezembro de 2015, para 4,1% em abril deste ano.
Segundo ele, o Copom projeta inflação em torno de 4,1% para 2017 e de 4,5% para 2018.