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Cooperativas de crédito crescem mais rápido que bancos

Cooperativas de crédito brasileiras tiveram crescimento dos financiamentos em ritmo superior ao do sistema bancário do país em 2015

Notas de real: o Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) fechou o ano passado com 34,7 bilhões de reais em crédito (Uelder-ferreira/Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de março de 2016 às 18h43.

São Paulo - As cooperativas de crédito brasileiras tiveram crescimento dos financiamentos em ritmo superior ao do sistema bancário do país em 2015, aproveitando-se da alta capilaridade e da oferta de taxas mais competitivas num momento de juros em níveis recordes.

Maior do país no setor, com cerca de 3,2 milhões de sócios, o Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) fechou o ano passado com 34,7 bilhões de reais em crédito, alta de 9,2 por cento ante 2014. Também com mais de 3 milhões de cooperados, o Sicredi viu sua carteira subir 8,1 por cento no período, a 30,6 bilhões de reais.

O estoque de crédito do sistema financeiro do país subiu 6,6 por cento em 2015, pior evolução da série histórica iniciada em 2007 pelo Banco Central. Se considerado apenas o crédito livre, que desconsidera os financiamentos direcionados, como para habitação e rural, o avanço foi ainda menor, de 3,7 por cento.

Dado o relacionamento mais próximo com os tomadores em relação ao que ocorre na média do setor bancário, as cooperativas também têm conseguido manter níveis de calotes inferiores aos dos bancos de varejo, embora também tenham piorado com a recessão do país.

No Sicoob, o índice de inadimplência acima de 90 dias, subiu de 1,7 por cento para 2,5 por cento no ano passado. No Sicredi, o índice passou de 1,99 para 2,4 por cento. A média do sistema financeiro do país era de 3,4 por cento no fim de 2015.

Diante da retração no setor bancário, as cooperativas estão aproveitando para expandir a oferta de serviços financeiros, incluindo cartões de crédito, consórcios, previdência e seguros.

Mesmo em caderneta de poupança, Sicoob e Sicredi conseguiram captação positiva no ano passado, na contramão do mercado.

Segundo o presidente do Sicoob, Henrique Castilhano Vilares, esses números podem revelar que as cooperativas têm conseguido um relacionamento mais próximo e personalizado com os tomadores de crédito e serviços financeiros do que os bancos.

"Diferente das instituições financeiras convencionais, os resultados das cooperativas retornam para o associado", disse Vilares em documento enviado à Reuters. O Sicoob se apresenta como a sétima maior instituição financeira do país, com um patrimônio líquido de 13,88 bilhões de reais.

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Maior do país no setor, com cerca de 3,2 milhões de sócios, o Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) fechou o ano passado com 34,7 bilhões de reais em crédito, alta de 9,2 por cento ante 2014. Também com mais de 3 milhões de cooperados, o Sicredi viu sua carteira subir 8,1 por cento no período, a 30,6 bilhões de reais.

O estoque de crédito do sistema financeiro do país subiu 6,6 por cento em 2015, pior evolução da série histórica iniciada em 2007 pelo Banco Central. Se considerado apenas o crédito livre, que desconsidera os financiamentos direcionados, como para habitação e rural, o avanço foi ainda menor, de 3,7 por cento.

Dado o relacionamento mais próximo com os tomadores em relação ao que ocorre na média do setor bancário, as cooperativas também têm conseguido manter níveis de calotes inferiores aos dos bancos de varejo, embora também tenham piorado com a recessão do país.

No Sicoob, o índice de inadimplência acima de 90 dias, subiu de 1,7 por cento para 2,5 por cento no ano passado. No Sicredi, o índice passou de 1,99 para 2,4 por cento. A média do sistema financeiro do país era de 3,4 por cento no fim de 2015.

Diante da retração no setor bancário, as cooperativas estão aproveitando para expandir a oferta de serviços financeiros, incluindo cartões de crédito, consórcios, previdência e seguros.

Mesmo em caderneta de poupança, Sicoob e Sicredi conseguiram captação positiva no ano passado, na contramão do mercado.

Segundo o presidente do Sicoob, Henrique Castilhano Vilares, esses números podem revelar que as cooperativas têm conseguido um relacionamento mais próximo e personalizado com os tomadores de crédito e serviços financeiros do que os bancos.

"Diferente das instituições financeiras convencionais, os resultados das cooperativas retornam para o associado", disse Vilares em documento enviado à Reuters. O Sicoob se apresenta como a sétima maior instituição financeira do país, com um patrimônio líquido de 13,88 bilhões de reais.

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