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Contração do setor de serviços perde força em julho, mostra PMI

PMI apurado pelo IHS Markit subiu a 48,8 em julho, ante 47,4 em junho, mas permaneceu em contração pela 28ª vez nos últimos 29 meses pesquisados

Serviços: empresários afirmaram que crescimento mais robusto ainda é dificultado pela demanda que segue moderada (Foto/Thinkstock)
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Reuters

Publicado em 3 de agosto de 2017 às 11h14.

São Paulo - A atividade do setor de serviços continuou em contração em julho, embora a queda tenha ficado mais branda diante da melhora de novos negócios, de acordo com a pesquisa Índice Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgada nesta quinta-feira.

O PMI apurado pelo IHS Markit subiu a 48,8 em julho, ante 47,4 em junho, mas permaneceu em contração pela 28ª vez nos últimos 29 meses pesquisados. A marca 50 separa contração de expansão.

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Os novos negócios do setor voltaram a crescer em julho por causa da política de preços desenvolvida pelas companhias e pelas iniciativas de marketing das companhias. A recuperação, mostrou o PMI, ficou limitada às categorias Intermediação financeira e de Correios e telecomunicações.

Os empresários, no entanto, afirmaram que crescimento mais robusto ainda é dificultado pela demanda que segue moderada.

"As empresas conseguiram garantir novos trabalhos por meio de preço competitivo e campanhas de marketing. Em alguns casos, os entrevistados indicaram que a menor taxa de juros permitiu oferecer descontos aos clientes, apesar do aumento dos preços de alguns materiais", afirmou a economista da IHS Markit Pollyanna De Lima, por meio de nota.

Desde outubro do ano passado, o Banco Central tem reduzido a taxa básica de juros, atualmente em 9,25 por cento ao ano.

O PMI de julho também mostrou declínio nos negócios pendentes, com a capacidade ociosa das empresas levando as companhias do setor a reduzirem a quantidade de trabalhadores.

Embora o mercado de trabalho continue ruim para o setor de serviços, a taxa de corte de empregos atenuou pelo sexto mês consecutivo, atingindo o ritmo mais lento desde 2015.

Segundo a pesquisa, 40 por cento das empresas esperam crescimento no volume de produção no próximo ano, com o grau de otimismo sustentado por planos de reestruturação empresarial, aumento de investimentos, iniciativas de marketing e expectativa de melhores condições econômicas e políticas.

O PMI da indústria em julho mostrou crescimento menor e, diante da menor contração do setor de serviços, o PMI Composto avançou para 49,4 em julho, ante 48,5 em junho.

"Considerando que a deterioração das condições econômicas no Brasil persistiu em julho, o último conjunto de dados do PMI mostrou contração mais suave na atividade de serviços e crescimento contínuo da produção industrial", disse Pollyanna.

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