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Conta de luz deve subir 16,7% em 2022, estima Aneel

Agência reguladora avalia medidas para reduzir impacto a menos de dois dígitos

Está em vigor hoje a bandeira vermelha 2, um adicional de R$ 9,49 a cada 100 quilowatts-hora consumidos (brunorbs/Getty Images)
AO

Agência O Globo

Publicado em 17 de agosto de 2021 às 07h55.

Cálculos preliminares da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) preveem que as contas de luz podem subir, em média, 16,68% no próximo ano, principalmente por conta da crise hídrica, que atinge as principais hidrelétricas do país.

Para evitar que as contas disparem, a agência reguladora já analisa medidas para mitigar os efeitos para os consumidores e manter os reajustes inferiores a dois dígitos.

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Os dados foram apresentados pelo superintendente de Gestão Tarifária da agência reguladora, Davi Antunes Lima, nesta segunda-feira em audiência pública na Comissão de Legislação Participativa da Câmara.

Lima avalia, no entanto, que novas ações projetadas pela Aneel, como a antecipação de recursos decorrentes da privatização da Eletrobras, consigam reunir R$ 8,5 bilhões e reduzir o reajuste da tarifa cobrada dos consumidores.

— Com essas medidas adicionais, em vez dos 16,68% previstos para 2022, a gente ainda tem uma previsão de reajuste de 10,73%, mas estamos ainda estudando alternativas — disse o diretor.

As tarifas de energia são reajustadas caso a caso e são diferentes para cada distribuidora de energia.

O superintendente da Aneel afirma que diversos fatores justificam a alta das tarifas. Por conta da crise hídrica, mais energia tem sido gerada por termelétricas, mais caras. Parte dessa conta é coberta pelas bandeiras tarifárias, mas nem o restante será repassado para as tarifas em 2022, com incidência de juros.

Está em vigor hoje a bandeira vermelha 2, um adicional de R$ 9,49 a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Mesmo alta, ela não é suficiente para cobrir a geração por termelétricas.

As medidas do comitê de crise criado pelo governo — chamada de Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética (CREG) — terão um impacto entre R$ 2,4 bilhões e R$ 4,3 bilhões, segundo a Aneel. Entre as medidas, está por exemplo a redução do uso da água para navegação, com indenização para quem saiu prejudicado.

Além disso, a alta do dólar impacta nas contas porque o custo de Itaipu é cobrado na moeda americana.

O superintendente da Aneel disse que o órgão analisa medidas para evitar que a conta fique salgada.

— A meta que a Aneel tem este ano é buscar reajustes tarifários inferiores a dois dígitos — disse.

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