Lâmpada: segundo a CCEE, crescimento da geração de energia foi influenciado pelas térmicas (Stock.xchng)
Da Redação
Publicado em 18 de dezembro de 2014 às 16h02.
São Paulo - A geração de energia elétrica no Brasil alcançou 64.039 MW médios entre 1º e 16 de dezembro, alta de 2,85% na comparação com igual mês de 2013.
Já o consumo, no mesmo intervalo, foi de 60.879 MW médios, uma alta de 1,36% frente a 2013.
Os dados foram divulgados nesta quinta-feira, 18, pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), no boletim InfoMercado semanal, que traz os resultados preliminares de medições de consumo e de geração, dados da posição contratual líquida atual dos consumidores livres e especiais e as estimativas de ajuste do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE).
Segundo a CCEE, o crescimento da geração de energia foi influenciado pelas térmicas, que responderam por 17.689 MW médios, 50,2% acima do registrado no mesmo mês do ano passado.
As eólicas também apresentaram bom desempenho, com 1.965 MW médios produzidos em dezembro, alta de 128%.
Já a geração hidráulica caiu 10,6%, totalizando 44.385 MW médios nos primeiros 16 dias de dezembro como consequência da continuidade do cenário hídrico desfavorável.
A estimativa semanal para as usinas hídricas que fazem parte do MRE é de uma geração equivalente a 99,6% da garantia física. Este índice gera impacto negativo estimado de R$ 22 milhões para essas usinas no âmbito do MRE.
No consumo, o aumento foi puxado pelo desempenho do Ambiente de Contratação Regulado (ACR), com 46.440 MW médios, que teve incremento de 3,1% em relação a dezembro de 2013.
Já o Ambiente de Contratação Livre (ACL), com 14.439 MW médios, apresentou redução de 4,2%.
Setores
Dentre os 15 ramos de atividade acompanhados pela CCEE, seis tiveram queda no consumo frente ao ano passado, ainda como reflexo do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) elevado no período.
O PLD é utilizado como balizador para o preço da energia no mercado spot (à vista).
As maiores baixas porcentuais foram dos segmentos de bebidas (-15%), extração de minerais metálicos (-15%) e saneamento (-13%).
Entre os nove segmentos com elevação no consumo de energia, a maior alta foi da indústria de manufaturados diversos (14%), seguida pela de veículos (10%) e de têxteis (10%).
Desses segmentos, o que tem maior representatividade é o de metalurgia e produtos de metal, responsável por 27% do consumo de consumidores livres e especiais; em seguida aparece o ramo químico, com 16%, e o de minerais não-metálicos, com 10%, diz a CCEE.