Economia

Consórcio de Bunge e M. Dias Branco leva terminal de trigo no Rio

Arrendamento do terminal de trigo do porto do Rio de Janeiro vale por 25 anos, e pagou R$ 515,8 milhões

Trigo: investimentos estimados no empreendimento, entre obras e equipamentos, são de R$ 93,1 milhões (Vincent Mundy/Bloomberg)

Trigo: investimentos estimados no empreendimento, entre obras e equipamentos, são de R$ 93,1 milhões (Vincent Mundy/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de abril de 2017 às 14h15.

Brasília - Com um lance de R$ 1,180 milhão, o consórcio Maravilha, formado pela Bunge e pela M. Dias Branco, arrematou nesta quinta-feira, 20, o contrato de arrendamento, por 25 anos, do terminal de trigo no porto do Rio de Janeiro, leiloado pelo governo federal na sede da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). O preço mínimo fixado no edital era R$ 1,00.

Os investimentos estimados no empreendimento, entre obras e equipamentos, são de R$ 93,1 milhões. A trading foi a única participante do leilão.

De acordo com informações da Antaq, a área leiloada é de 13.453 metros quadrados. A movimentação mínima exigida no terceiro ano de contrato é 682 mil toneladas. Esse volume deverá alcançar 918 mil toneladas no vigésimo ano.

O valor total do contrato é de R$ 515,8 milhões. A concessionária pagará R$ 35.699,64 por mês a título de arrendamento fixo e R$ 1,32 por tonelada de carga movimentada.

Segundo fontes, a Bunge era a principal interessada em obter a área, depois que seu moinho, o Fluminense, foi desalojado das proximidades do porto para a construção do Porto Maravilha. A empresa aguardava o leilão havia pelo menos dois anos.

Em sua antiga instalação, bem próxima ao mar, o Fluminense triturava o trigo que chegava ao porto e era transportado por meio de uma esteira rolante que passava sob o solo. Mas, por causa do projeto de revitalização da área portuária, a Bunge precisou sair do local e construiu um novo moinho em Duque de Caxias (RJ), inaugurado no ano passado.

Após a mudança, ficou faltando um local para armazenar o trigo e organizar seu transporte para a fábrica. Hoje, é preciso desembarcar o trigo direto nos caminhões. Isso pode causar transtorno, dependendo do horário de chegada dos navios.

Segundo fontes, o objetivo da Bunge, ao participar do leilão, era obter a área no porto para a instalação do armazém. Com isso, o transporte do trigo até o moinho poderá ser feito à noite, em horários com menos trânsito. Ele atenderá não só a seu negócio, mas também a outros moinhos instalados na região.

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