Economia

Conservadores britânicos apóiam taxação de bancos como a dos EUA

Londres - O Partido Conservador britânico, atualmente na oposição, introduzirá um imposto aos bancos similar àquele planejado pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se vencer a próxima eleição, disse o líder David Cameron neste sábado. Na próxima quarta-feira, o governo do Partido Trabalhista do primeiro-ministro Gordon Brown deve delinear no orçamento uma taxa global […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de março de 2010 às 13h52.

Londres - O Partido Conservador britânico, atualmente na oposição, introduzirá um imposto aos bancos similar àquele planejado pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se vencer a próxima eleição, disse o líder David Cameron neste sábado.

Na próxima quarta-feira, o governo do Partido Trabalhista do primeiro-ministro Gordon Brown deve delinear no orçamento uma taxa global para bancos de investimentos como opção preferencial para recuperar alguns dos bilhões de dólares de fundos estatais consumidos no resgate ao setor bancário em crise.

O orçamento deve descartar a criação de um fundo de seguro contra quebras futuras.

O governo tem dito que qualquer taxação dos bancos necessitaria de uma concordância internacional para evitar um êxodo da City, o centro financeiro do país, mas os conservadores disseram que vão levar a ideia adiante mesmo sem o apoio de outras nações.

"Um governo conservador introduzirá uma nova taxação bancária para compensar os contribuintes pelo apoio que deram e para protegê-los no futuro," disse Cameron, cujo partido lidera as pesquisas para a eleição marcada para maio.

"Não será popular em todos os cantos da City, mas acredito que é justa e necessária," disse ele em um discurso em Londres.

Cameron afirmou que os planos ecoam os de Obama, que em janeiro levou adiante propostas para um imposto de 0,15 por cento sobre o passivo de grandes instituições financeiras.

O nível em que o imposto britânico seria aplicado dependeria da escala da concordância internacional com a taxação, disse um porta-voz dos conservadores.

"Tivemos o maior resgate bancário do mundo. Não podemos simplesmente seguir adiante como se nada tivesse acontecido," disse Cameron. "Nos EUA, o presidente Obama disse que vai devolver aos contribuintes cada centavo que deram. Por que deveria ser diferente aqui?"

 

Acompanhe tudo sobre:BancosEstados Unidos (EUA)EuropaFinançasPaíses ricosRegulamentaçãoReino Unido

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor