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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h24.
O Congresso encerrou na manhã desta quarta-feira (18/6) a sessão onde foi lido o requerimento que cria a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do Banestado.
A CPI mista que irá investigar remessas supostamente ilegais de US$ 30 bilhões para o exterior, por meio do extinto Banco do Estado do Paraná (Banestado) foi instalada no início da tarde desta quarta-feira (18/6) no Congresso, e já foram definidos os 16 deputados e os 16 senadores que farão parte da comissão. Pelo acordo fechado ontem (17) entre os líderes partidários, o presidente da CPI seria um senador do PSDB; o vice-presidente, um deputado do PFL; e o relator, um deputado do PT. Entretanto, os líderes decidiram rever o acordo, e a eleição do presidente e do vice-presidente, assim como a indicação do relator foram transferidas para a próxima quarta-feira (25), em horário ainda não definido.
O prazo de 120 dias que a CPI tem para apurar os fatos começa a contar a partir de hoje, data da instalação da comissão. Portanto, como a eleição foi adiada, a CPI perde uma semana de trabalho.
O objetivo da comissão é investigar a remessa de cerca de US$ 30 bilhões para o exterior por intermédio de uma agência do Banco do Estado do Paraná (Banestado) situada nos Estados Unidos, pelo sistema de remessas CC-5. Estima-se que o dinheiro tenha sido enviado, entre 1996 e 1999, com destino a paraísos fiscais, caracterizando crime de lavagem de dinheiro e evasão fiscal.
Segundo informações da Agência Câmara, os congressistas terão 120 dias para investigar as denúncias podendo ser prorrogada, caso haja necessidade.
O ministro da Casa Civil, José Dirceu, se reuniu, durante o café da manhã, com o presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT), e com os líderes da base aliada na residência oficial da presidência da Câmara. O tema do encontro, além das reformas da Previdência e tributária, foi a instalação da CPI do Banestado.