Economia

Congresso analisa vetos que trancam a pauta para votar metas

O governo tem mobilizado boa parte de seu esforço para aprovar o projeto que altera as metas de resultado fiscal

Congresso: o projeto permite que o governo possa fazer um déficit primário de até R$ 159 bi neste e no próximo ano (Antonio Scorza/Getty Images)

Congresso: o projeto permite que o governo possa fazer um déficit primário de até R$ 159 bi neste e no próximo ano (Antonio Scorza/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 30 de agosto de 2017 às 21h29.

Brasília - O Congresso ainda analisava nesta quarta-feira os últimos vetos presidenciais que trancavam a pauta para depois se debruçar sobre o projeto que altera as metas de resultados fiscais para 2017 e 2018.

As duas Casas já haviam dedicado boa parte de seus trabalhos, na terça-feira, à análise de vetos presidenciais --sendo que quase dez deles foram votados em sessão conjunta.

Na sessão desta quarta, iniciada pouco depois das 17h, já foram votados seis deles, todos mantidos. Há previsão de análise de mais dois, segundo o presidente do Congresso, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), sendo que outros já estavam sendo deliberados por meio de uma cédula de papel.

O governo tem mobilizado boa parte de seu esforço para aprovar o projeto que altera as metas de resultado fiscal e conseguiu garantir sua aprovação na véspera na Comissão Mista de Orçamento (CMO).

Anunciado pela equipe econômica diante da deterioração das contas públicas, de um cenário de fraca atividade econômica e de aumento dos gastos públicos, sobretudo com a Previdência, o projeto permite que o governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência) possa fazer um déficit primário de até 159 bilhões de reais neste e no próximo ano.

Antes, os déficits previstos eram de 139 bilhões e de 129 bilhões de reais respectivamente.

Durante a discussão dos vetos, ainda na tarde desta quarta-feira, chegou a circular rumor de que a equipe econômica teria desistido da aprovação do projeto, informação rapidamente negada por representantes do Ministério da Fazenda que acompanhavam a votação.

A estimativa inicial do relator da proposta na CMO, deputado Marcus Pestana (PSDB-MG), era que o projeto pudesse ser votado por volta das 21h desta quarta, mas diante da inclusão de mais dois vetos para votação nominal na sessão do Congresso, ele reviu a previsão para após 22h.

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