Economia

Confiança sobre economia na zona do euro cai a menor nível desde 2015

Queda no sentimento da zona do euro resultou de uma "deterioração substancial" da confiança na indústria, disse Comissão Europeia

Euro: bloco que utiliza a moeda é de 19 países membros da União Europeia (Regis Duvignau/Reuters)

Euro: bloco que utiliza a moeda é de 19 países membros da União Europeia (Regis Duvignau/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de setembro de 2019 às 09h13.

Última atualização em 27 de setembro de 2019 às 09h15.

O sentimento econômico da zona do euro teve forte queda em setembro, quando as tensões comerciais deprimiram a confiança na indústria, mostraram dados oficiais nesta sexta-feira, embora a percepção tenha melhorado nos serviços, dissipando preocupações de repercussão no maior setor econômico do bloco.

A Comissão Europeia informou que seu indicador mensal do clima econômico no bloco de 19 países caiu em setembro para o nível mais baixo em quase cinco anos, para 101,7 pontos, ante 103,1 pontos em agosto.

A queda foi muito maior do que o consenso de mercado de uma leve baixa para 103,0 pontos, num novo sinal de desaceleração da atividade econômica no bloco monetário.

Agora, o indicador está pouco acima da média de longo prazo e no seu nível mais baixo desde fevereiro de 2015, mostraram os dados.

A queda no sentimento da zona do euro resultou de uma "deterioração substancial" da confiança na indústria, disse a pesquisa da Comissão, já que as fábricas voltadas para a exportação do bloco sofrem com as tensões comerciais globais.

O sentimento no setor industrial caiu de -5,8 pontos em agosto para -8,8 pontos, nível mais baixo em mais de seis anos, desde julho de 2013. Isso foi causado principalmente por uma grande queda de confiança na indústria alemã, a maior do bloco, onde o sentimento recuou para -15,6 pontos, de -11,2 em agosto, ponto mais baixo desde outubro de 2012.

A confiança geral na Alemanha caiu de 100,6 pontos para 99,4 pontos, abaixo da média de longo prazo pela primeira vez desde junho de 2013.

Do lado positivo, o sentimento nos serviços aumentou para 9,5 pontos, ante 9,2 em agosto, após três quedas mensais consecutivas. A expectativa média do mercado era de 9,3.

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