Economia

Confiança do empresário aumenta, diz FecomercioSP

De acordo com a pesquisa, o crescimento do índice em novembro foi impulsionado pelo índice Expectativa para Contratação de Funcionários

Comércio: a confiança do empresário no futuro aumentou 4,9%, em novembro (Dado Galdieri/Bloomberg)

Comércio: a confiança do empresário no futuro aumentou 4,9%, em novembro (Dado Galdieri/Bloomberg)

AB

Agência Brasil

Publicado em 13 de dezembro de 2016 às 17h22.

A confiança do empresário no futuro aumentou 4,9%, em novembro, na comparação com outubro, atingindo 86,8 pontos. É a maior pontuação desde fevereiro de 2015, na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando o indicador apontou 68,9 pontos.

Houve crescimento de 26%, de acordo com o Índice de Expansão do Comércio (IEC), pesquisa realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Mesmo com a recuperação, o indicador se mantém há 22 meses abaixo dos 100 pontos.

Segundo a assessoria econômica da FecomercioSP, ao longo dos últimos meses o grau de incertezas reduziu, e o encaminhamento das reformas e da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do Teto de Gastos mostrou que o país está readquirindo condições de governabilidade.

"Isso eleva a confiança de empresários na economia e tende a fazê-los pensar em investir. Por conta disso, os empresários, analistas e investidores nacionais e estrangeiros estão, lentamente, voltando a colocar o Brasil entre suas opções de investimento", disse a entidade.

De acordo com a pesquisa, o crescimento do IEC em novembro foi impulsionado pelo índice Expectativa para Contratação de Funcionários, que registrou alta de 4,3% na comparação com outubro e atingiu 110,4 pontos.

No nível de investimento das empresas houve crescimento de 6% em relação a outubro, ao passar de 59,7 para 63,3 pontos.

Na avaliação da FecomercioSP, o crescimento do indicador de intenção de contratação é um excelente sinal para o cenário do mercado de trabalho.

"No ano passado, houve perda de 1,7 milhão de postos de trabalho, cerca de 700 mil apenas em dezembro. Neste ano, projeta-se a eliminação de 1,2 milhão de postos, com um comportamento em dezembro muito menos negativo do que há um ano", idestacou a federação

Segundo a FecomercioSP, ao longo de 2016 houve um crescimento maior da propensão a contratar do que a investir, decorrente do fato de que as empresas do varejo ainda não pensam em expansão. "

Antes de retomar projetos de ampliação e modernização das empresas, os empresários vão aguardar um pouco mais, para se certificarem que estão pisando em terra firme.

Enquanto isso, podem ampliar as vendas e avançar nos negócios apenas contratando um pouco mais. Isso já é algo positivo diante do quadro de desemprego após três anos de crise intensa", disse a entidade.

Acompanhe tudo sobre:ComércioFecomércio

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor