Confiança do consumidor retoma alta em setembro após duas quedas
Outros índices vinculados ao INEC também tiveram evolução, como o de endividamento, que cedeu de 51 para 49,6 pontos
Estadão Conteúdo
Publicado em 27 de setembro de 2019 às 16h30.
O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (INEC) no país retomou alta em setembro, interrompendo duas quedas seguidas, informou a Confederação Nacional da Indústria (CNI) . O indicador alcançou 47,3 pontos este mês, ante 47,0 em junho. Em abril deste ano, fora de 48,4 ante 49,8 em dezembro do ano passado.
O aumento de apenas 0,3 ponto em relação a junho "não representa mudança significativa", observa nota da CNI. No entanto, o indicador está dois pontos acima do registrado em setembro do ano passado e é superior à média histórica, de 46,1 pontos. Assim, acrescenta, o índice parou de se afastar da linha divisória de 50 pontos, o que mostraria maior falta de confiança do consumidor.
A maioria dos índices que compõem o INEC evoluiu positivamente entre junho e setembro. O índice de endividamento cedeu de 51 para 49,6 pontos. O indicador de situação financeira também apresenta comportamento "mais favorável", com o crescimento de 1,2 ponto.
Em contrapartida, o índice de expectativa de inflação conteve a melhora da confiança ao aumentar 1,8 ponto em setembro, alcançando 61,4 pontos. Conforme a CNI, trata-se do terceiro aumento consecutivo, que sugere preocupação crescente com a evolução dos preços.
Região e renda no INEC
O INEC só piorou na região sul, onde caiu pela terceira vez consecutiva e recuou de 49,3 pontos em junho para 47,8 pontos neste mês. No Norte/Centro-Oeste, o INEC aumentou de 47,7 pontos para 49,3 pontos. No Nordeste, o nível de confiança ficou praticamente estável ao crescer 0,1 ponto, enquanto no Sudeste aumentou 0,5 ponto.
Já a maior alta da confiança foi registrada na faixa de renda acima de cinco salários mínimos: 2,6 pontos. Na faixa de até um salário mínimo houve expansão de 0,7 ponto. "Esse grupo segue como o único, entre as diferentes faixas de renda, com confiança ainda abaixo da média histórica", cita a nota.