Economia

Confiança do consumidor recua 6,1%, a menor nível desde 2008

Índice passou para 95,3 pontos ante 101,5 pontos, menor nível desde dezembro de 2008 (94,8 pontos)


	Consumo: houve piora das avaliações sobre satisfação com a situação presente e expectativas em relação aos meses seguintes
 (Getty Images)

Consumo: houve piora das avaliações sobre satisfação com a situação presente e expectativas em relação aos meses seguintes (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de novembro de 2014 às 07h31.

São Paulo - O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) recuou 6,1 por cento em novembro na comparação com outubro, ao passar para 95,3 pontos ante 101,5 pontos, menor nível desde dezembro de 2008 (94,8 pontos), informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira.

Em outubro, o índice havia recuado 1,5 por cento na comparação com setembro. De acordo com a FGV, houve piora das avaliações sobre satisfação com a situação presente e expectativas em relação aos meses seguintes.

O Índice da Situação Atual (ISA) caiu 5,1 por cento, para 96,6 pontos em novembro, menor patamar da série histórica iniciada em setembro de 2005. Já o Índice de Expectativas recuou 6,8 por cento, a 94,7 pontos em novembro.

"A preocupação com a inflação, o mercado de trabalho e, mais recentemente, com a alta da taxa de juros, contribuiu, em novembro, para o aprofundamento da tendência de queda da confiança do consumidor observada ao longo dos últimos 12 meses", afirmou a economista da FGV/IBRE, Tabi Thuler Santos.

Dentre os indicadores que compõem o ICC, o indicador que mede as expectativas dos consumidores em relação à situação econômica atual caiu 12,1 por cento, a 53 pontos, mínimo histórico.

A FGV informou ainda que o indicador de otimismo com a economia nos seis meses seguintes caiu 12 por cento, a 84,5 pontos, menor desde dezembro de 2008, auge da crise internacional.

A economia brasileira não tem dado sinais de recuperação consistente, em meio ao cenário de inflação elevada.

Acompanhe tudo sobre:ConfiançaConsumoeconomia-brasileiraEmpresasFGV - Fundação Getúlio Vargas

Mais de Economia

Boletim Focus: mercado eleva estimativa de inflação para 2024 e 2025

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega