Economia

Confiança do consumidor dos EUA recua em setembro

Leitura final do índice geral de confiança do consumidor caiu para 77,5 em setembro, ante 82,1 em agosto, menor leitura desde abril


	Prédio do Fed: desfechos iminentes no Congresso sobre a possível paralisação do governo e a necessidade de elevar o teto da dívida ou então encarar a possibilidade de default têm elevado preocupações
 (©AFP/Getty Images / Brendan Hoffman)

Prédio do Fed: desfechos iminentes no Congresso sobre a possível paralisação do governo e a necessidade de elevar o teto da dívida ou então encarar a possibilidade de default têm elevado preocupações (©AFP/Getty Images / Brendan Hoffman)

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Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2013 às 12h07.

Nova York - A confiança do consumidor dos Estados Unidos recuou em setembro para o menor nível em cinco meses, uma vez que os consumidores viram adiante taxas de juros mais altas e crescimento econômico lento, mostrou pesquisa da Thomson Reuters em conjunto com a Universidade de Michigan nesta sexta-feira.

A leitura final do índice geral de confiança do consumidor caiu para 77,5 em setembro, ante 82,1 em agosto --a menor leitura final desde abril.

O número de setembro foi menor que a previsão de economistas de 78,0 em pesquisa da Reuters, mas maior que a leitura preliminar até metade do mês de 76,8.

Os desfechos iminentes no Congresso sobre a possível paralisação do governo e a necessidade de elevar o teto da dívida ou então encarar a possibilidade de default têm elevado preocupações sobre a política fiscal.

"Embora poucos consumidores esperavam uma paralisação federal, reclamações sobre as políticas do governo aumentaram, e ainda mais importante, as perspectivas de crescimento de empregos diminuíram", disse o diretor da pesquisa, Richard Curtin, em comunicado.

Outras medidas também atingiram a leitura final mais baixa desde abril: a medida de expectativas do consumidor, em 67,8, e o índice de condições atuais, em 92,6.


Embora o Federal Reserve, banco central dos EUA, tenha decidido neste mês não frear o programa de compras de títulos, analistas ainda veem uma redução no estímulo nos próximos meses.

Essas visões têm ajudado a elevar as taxas de juros de longo prazo em mais de um ponto percentual desde maio, com as taxas hipotecárias de 30 anos atingindo recentemente máxima de um ano de 4,80 por cento.

Economistas temem que a confiança do consumidor pode se enfraquecer mais se as taxas de juros mais altas começarem a desacelerar o ímpeto na recuperação do setor imobiliário que vem sendo um dos pontos mais positivos na recuperação norte-americana em geral.

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