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Confiança do comércio tem menor nível desde 2011, mostra CNC

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio, medido pela Confederação Nacional do Comércio, registrou o menor nível da série histórica em maio

Comércio: queda foi puxada principalmente pela condição atual da economia (Dado Galdieri/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2014 às 13h01.

Rio de Janeiro -O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), medido pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), registrou, em maio deste ano, o menor nível da série histórica, iniciada em 2011.

De acordo com a CNC, o índice ficou em 113,4 pontos em maio: 1,4% abaixo do observado em abril e 9% inferior ao resultado de maio do ano passado.

A queda em relação a abril foi puxada principalmente pela condição atual da economia (-1,9%) e do comércio (-2,1%) e pela intenção de investimentos na empresa (-2,8%).

Já o recuo na comparação com maio do ano passado deveu-se às condições atuais da economia (-17,3%), às condições atuais do comércio (-11,8%) e às expectativas do empresário em relação à economia (-11,3%).

Segundo o economista da CNC Fabio Bentes, a confiança vem caindo, na comparação mensal, há sete meses.

O motivo para a queda no otimismo é a piora do desempenho das vendas do comércio nos últimos meses, devido principalmente à inflação e ao aumento da taxa básica de juros.

“Na passagem de 2013 para 2014, o comércio desacelerou bastante e a confiança do empresário do comércio é muito contaminada pelo desempenho do setor. Se a gente considerar a Pesquisa Mensal de Comércio, do IBGE, o comércio teve um primeiro trimestre [de 2014] muito fraco. No acumulado dos três primeiros meses, as vendas caíram 0,1%. É o pior resultado desde a crise, no último trimestre de 2008”, disse.

Entre as regiões do país, a maior queda na comparação mensal foi observada na Região Sul (-3,4%).

Apenas o Centro-Oeste teve alta em relação a abril (1%). Já na comparação anual, todas as regiões tiveram queda, principalmente, a Sudeste (-10,3%).

São Paulo – A crise mundial pode não ter impacto direto no bolso do brasileiro, mas influencia seu humor. Graças a ela, o consumidor mais conservador pensa duas vezes antes de ir às compras e – já que presente de mãe não pode faltar – deve gastar um pouco menos no Dia das Mães deste ano. É com base neste raciocínio que a Associação Brasileira de Varejistas de Shopping (Alshop) projeta um crescimento de 8% no comércio durante a data – mais tímido que os 12% registrados no ano passado. “Embora a economia do país esteja muito calcada no mercado interno, a propensão a comprar, principalmente do consumidor mais responsável, está um pouco reduzida pelas notícias internacionais”, justifica Luís Augusto Ildefonso da Silva, diretor de relações institucionais da Alshop. Apesar do ritmo de crescimento menos acelerado, o Dia das Mães continua sendo a segunda data mais importante para o comércio no ano, perdendo apenas para o Natal.  Clique nas fotos para saber quais são as datas que fazem a alegria dos comerciantes brasileiros.
  • 2. Natal

    2 /5(Dreamstime.com)

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    O Natal é a principal data para o comércio brasileiro, movimentando todos os setores – de vestuário a brinquedos, passando por perfumes, cosméticos, eletrônicos e alimentos. “No Natal, a pluralidade é muito grande, todos os segmentos são vencedores”, diz Silva. “É o primeiro colocado entre as datas mais importantes, com uma boa margem de distância”, destaca o executivo.  Depois de um, desempenho excepcional em 2010, puxado pelo aumento nos salários e pela garantia de emprego, as vendas escorregaram de leve no último Natal. O varejo como um todo cresceu pouco mais de 2% - a previsão era de 8%, segundo a Confederação Nacional de Dirigentes de Lojistas (CNDL). No comércio eletrônico, o Natal foi mais próspero que no varejo tradicional. Enquanto as vendas em lojas de Shopping cresceram 5,5%, segundo a Alshop, na internet o aumento foi de 20%, com faturamento superior a 2,6 bilhões de reais, de acordo com o e-bit.
  • 3. Dia dos Namorados

    3 /5(Divulgação)

  • Se o Natal e Dia das Mães são, respectivamente, campeão e vice incontestáveis no comércio, as outras datas fortes se alternam ano a ano nas posições seguintes. No ano passado, as vendas na semana do Dia dos Namorados aumentaram 8,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo a Serasa Experian. No comércio eletrônico, a alta foi de 15%, com faturamento de 680 milhões de reais e mais de 2 milhões de pedidos realizados no período que antecedeu a data.
  • 4. Dia dos Pais

    4 /5(Stock.xchng)

    Os pais não são tão prestigiados quanto às mães quando se trata de ganhar presentes, mas a data ainda garante um lugar entre as mais importantes para o comércio. As vendas no varejo cresceram 8,8% na semana que antecedeu o Dia dos Pais do ano passado, segundo dados da Serasa Experian. O faturamento das lojas virtuais chegou a 675 milhões de reais, uma alta de 25% sobre o ano anterior, de acordo com o e-bit.
  • 5. Páscoa

    5 /5(Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

    Na Páscoa, quem comemora a alta nas vendas são, principalmente, os supermercados e lojas especializadas em chocolate. Neste ano, as vendas no final de semana da Páscoa cresceram 5,8% em todo o Brasil, segundo a Serasa Experian. Na semana que antecedeu o domingo da distribuição de ovos, o aumento nas vendas foi de 5,6%. Os preços dos ovo de chocolate subiram quase 9%, de acordo com dados do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), da Fundação Getúlio Vargas.
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