Economia

Conab confirma expectativa de recorde

O milho, como era previsto, foi o destaque da produção atingindo a marca de 38,86 milhões de toneladas


	Desvantagem logística: quanto à área, a Conab estima crescimento de 2% (982,9 mil hectares) em comparação aos 49,87 milhões de hectares da safra 2010/11
 (Igor Spanholi/Stock.Xchnge)

Desvantagem logística: quanto à área, a Conab estima crescimento de 2% (982,9 mil hectares) em comparação aos 49,87 milhões de hectares da safra 2010/11 (Igor Spanholi/Stock.Xchnge)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de setembro de 2012 às 13h15.

Brasília - O 12º levantamento da safra de grãos realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) confirmou as expectativas positivas anteriores e chegou a um recorde histórico, com a estimativa de produção de 165,9 milhões de toneladas para o período 2011/2012. Na comparação com a safra 2010/2011, quando a produção foi de 162,8 milhões de toneladas, o crescimento chega a 1,9%.

O milho, como era previsto, foi o destaque da produção - registrando crescimento de 73%, o equivalente a 16,4 milhões de toneladas, na comparação com a safra anterior, de 22,46 milhões de toneladas - atingindo a marca de 38,86 milhões de toneladas.

Se, por um lado, a produção de milho aumentou, por outro a de soja e a de arroz devem registrar retração. No caso da soja, a produção diminuiu em 8,9 milhões de toneladas; na de arroz, a redução chegou a 2 milhões. De acordo com a Conab, apesar da queda na produção de soja, foi identificado “aumento na produtividade” por área plantada.

“Parte da redução da produção se deve às condições climáticas desfavoráveis, principalmente nas fases de desenvolvimento das culturas [de soja e arroz] na Região Sul, em parte do Sudeste e no Sudoeste de Mato Grosso do Sul”, disse o diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, Sílvio Porto. A estiagem que atingiu estados nordestinos também contribuiu para a queda.

Os preços dessas commodities, segundo Porto, têm sofrido influência direta do cenário norte-americano, mas a tendência é de retomada para um patamar mais normal de preços. “O que acontece hoje [alta de preço do milho devido à especulação de preços após a estiagem e a seca dos rios por onde a produção norte-americana é escoada], em termos de preço no mercado, é consequência do preço de Chicago, que está descolado da realidade.”

“Mas a expectativa é a de melhores condições climáticas [tanto para os Estados Unidos como para o Brasil]. Por isso, sugerimos cautela ao produtor brasileiro na hora de definir em que produção investir”, disse Porto. “Nossa recomendação é diversificar a produção”, acrescentou.

Quanto à área, a Conab estima crescimento de 2% (982,9 mil hectares) em comparação aos 49,87 milhões de hectares da safra 2010/11.

Acompanhe tudo sobre:CommoditiesConabEmpresas estataisGrãosMilhoMinistério da Agricultura e Pecuária

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor