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Compromisso do governo é fazer superávit, diz ministra

Ministra do Planejamento defendeu política do governo de fazer superávits anticíclicos, maiores ou menores, de acordo com a necessidade de estímulos à economia

Miriam Belchior: "O que está estabelecido na LDO não é possível, mas é possível um superávit" (Wilson Dias/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2014 às 16h34.

Brasília - A ministra do Planejamento, Miriam Belchior , disse nesta terça-feira, 11, que o compromisso do governo este ano é fazer um superávit primário e o maior possível.

No entanto, afirmou que não tem, nesse momento, como cravar uma meta de superávit, porque as receitas estão muito erráticas e o governo ainda depende dos recursos extras do Refis (programa de parcelamento de débitos).

"O compromisso do governo - e quero ser bastante clara - é fazer superávit primário este ano e o maior possível. O que está estabelecido na LDO não é possível, mas é possível um superávit", afirmou.

Em audiência pública na Comissão Mista de Orçamento do Congresso, Miriam disse que o compromisso de superávit inclui abater o mínimo possível do valor que está sendo proposto no projeto de lei.

Segundo Miriam, desde 2008 há o abatimento do PAC e, há dois anos, foram incluídas as desonerações.

"Todo ano, o abatimento efetivo é menor que a autorização da LDO. Este ano será igual", garantiu.

Ela defendeu a política do governo de fazer superávits anticíclicos, maiores ou menores, de acordo com a necessidade de estímulos à economia.

"Essa tem sido a forma como o governo tem encarado a importância para a economia brasileira de fazer superávit para reduzir a dívida pública. Então esta é a primeira questão", disse.

Outro ponto, afirmou, é que a proposta de alteração da LDO deste ano, enviada hoje ao Congresso, mantém o mesmo conceito de abater da meta de superávit primário apenas as ações fundamentais para o crescimento do país, como os investimentos e as desonerações para as empresas investirem mais.

Base aliada

Miriam está sendo "blindada" pelos parlamentares da base aliada do governo na audiência sobre o Projeto de Lei do Orçamento de 2015.

Depois de mais de uma hora de audiência, a ministra não enfrenta debate duro na comissão.

A maioria absoluta dos parlamentares que vem fazendo perguntas fez elogios à decisão do governo de mudar a meta de superávit deste ano.

Apesar da promessa de oposição ferrenha ao governo, apenas um parlamentar do PSDB fez críticas ao projeto.

Gleisi

Durante a audiência, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) defendeu a política fiscal brasileira e a ministra Miriam Belchior. Segundo ela, o Congresso é também autor do aumento das despesas.

"Os que pedem corte são os mesmos que pedem recursos", atacou a senadora. "Precisamos fazer essa reflexão", disse.

Gleisi ainda classificou a política fiscal do governo como "responsável" e disse que, em momentos em que "podemos economizar, nós fazemos economia".

"Eu queria fazer apelo a esta Casa. Essa questão da revisão do primário, não é questão de governo, é questão de Estado. Todo governo faz ajustes", argumentou.

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Brasília - A ministra do Planejamento, Miriam Belchior , disse nesta terça-feira, 11, que o compromisso do governo este ano é fazer um superávit primário e o maior possível.

No entanto, afirmou que não tem, nesse momento, como cravar uma meta de superávit, porque as receitas estão muito erráticas e o governo ainda depende dos recursos extras do Refis (programa de parcelamento de débitos).

"O compromisso do governo - e quero ser bastante clara - é fazer superávit primário este ano e o maior possível. O que está estabelecido na LDO não é possível, mas é possível um superávit", afirmou.

Em audiência pública na Comissão Mista de Orçamento do Congresso, Miriam disse que o compromisso de superávit inclui abater o mínimo possível do valor que está sendo proposto no projeto de lei.

Segundo Miriam, desde 2008 há o abatimento do PAC e, há dois anos, foram incluídas as desonerações.

"Todo ano, o abatimento efetivo é menor que a autorização da LDO. Este ano será igual", garantiu.

Ela defendeu a política do governo de fazer superávits anticíclicos, maiores ou menores, de acordo com a necessidade de estímulos à economia.

"Essa tem sido a forma como o governo tem encarado a importância para a economia brasileira de fazer superávit para reduzir a dívida pública. Então esta é a primeira questão", disse.

Outro ponto, afirmou, é que a proposta de alteração da LDO deste ano, enviada hoje ao Congresso, mantém o mesmo conceito de abater da meta de superávit primário apenas as ações fundamentais para o crescimento do país, como os investimentos e as desonerações para as empresas investirem mais.

Base aliada

Miriam está sendo "blindada" pelos parlamentares da base aliada do governo na audiência sobre o Projeto de Lei do Orçamento de 2015.

Depois de mais de uma hora de audiência, a ministra não enfrenta debate duro na comissão.

A maioria absoluta dos parlamentares que vem fazendo perguntas fez elogios à decisão do governo de mudar a meta de superávit deste ano.

Apesar da promessa de oposição ferrenha ao governo, apenas um parlamentar do PSDB fez críticas ao projeto.

Gleisi

Durante a audiência, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) defendeu a política fiscal brasileira e a ministra Miriam Belchior. Segundo ela, o Congresso é também autor do aumento das despesas.

"Os que pedem corte são os mesmos que pedem recursos", atacou a senadora. "Precisamos fazer essa reflexão", disse.

Gleisi ainda classificou a política fiscal do governo como "responsável" e disse que, em momentos em que "podemos economizar, nós fazemos economia".

"Eu queria fazer apelo a esta Casa. Essa questão da revisão do primário, não é questão de governo, é questão de Estado. Todo governo faz ajustes", argumentou.

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