Economia

Comissão Europeia prevê crescimento de 0,2% do Brasil

Economia brasileira deverá ter o menor crescimento entre todas as grandes economias e blocos internacionais relacionadas no relatório, segundo economistas


	Brasil: expectativa para crescimento de exportações brasileiras em 2014 caiu de 5,6% para 2,3%
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Brasil: expectativa para crescimento de exportações brasileiras em 2014 caiu de 5,6% para 2,3% (stock.XCHNG)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2014 às 14h50.

Londres - A Comissão Europeia cortou drasticamente a previsão de crescimento do Brasil no relatório de outono divulgado nesta terça-feira, 4.

Pelo cenário desenhado pelos economistas do braço da União Europeia, a economia brasileira deverá ter o menor crescimento entre todas as grandes economias e blocos internacionais relacionadas no relatório.

Para 2014, a previsão para o crescimento brasileiro caiu de 2,6% estimados há seis meses para apenas 0,2%.

"Na América Latina, dados recentes do Brasil e do México mostraram ritmo mais fraco do que o esperado e a previsão para o Brasil foi marcada por uma queda significativa", destaca o relatório.

Apesar da citada decepção com o México, a previsão de crescimento para a segunda maior economia da América Latina neste ano caiu bem menos: de 2,9% para 2,4%.

Exportações

Além do PIB, a Comissão Europeia também divulga estimativas sobre o comércio exterior. Nesse tema, as projeções também pioraram para o Brasil.

A expectativa para o crescimento das exportações brasileiras em 2014 caiu de 5,6% para 2,3%. 

No lado das importações, a UE previa que a compra de mercadorias importadas pelo país cresceria 7% neste ano. Agora, espera contração das importações brasileiras de 0,4%.

Entre as demais grandes economias do mundo, a Comissão Europeia prevê que todas apresentarão ritmo mais forte de crescimento do PIB do que o Brasil.

Até mesmo a Rússia, que é afetada pela crise geopolítica na fronteira com a Ucrânia, deverá crescer mais: 0,3% este ano. Entre os demais países, a previsão de crescimento é de 7,3% para a China, de 5,8% para a Índia, 2,2% para os Estados Unidos e 1,1% para o Japão, 0,8% para a zona do euro e 1,4% para o conjunto da América Latina.

Para 2015, a expectativa de crescimento do Brasil também piorou e caiu pela metade, de 2,9% para 1,4%.

Para 2016, a Comissão Europeia prevê expansão de 2,6% no Brasil.

O documento fala em "gradual aceleração do crescimento ao longo do horizonte das previsões" no país.

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