Bandeira da União Europeia na Grécia: "está claro que o FMI tem uma série de procedimentos e um calendário diferentes; trata-se de um processo em duas fases e isso está em linha com o que falamos na cúpula" (Louisa Gouliamaki/AFP)
Da Redação
Publicado em 31 de julho de 2015 às 12h07.
Bruxelas - A Comissão Europeia (CE) afirmou nesta sexta-feira que a posição do Fundo Monetário Internacional (FMI) com relação ao terceiro resgate da Grécia que está sendo negociando atualmente em Atenas é "plenamente compatível" com a postura europeia.
A instituição dirigida por Christine Lagarde disse na quinta-feira que só participará de um novo programa de resgate financeiro à Grécia uma vez que sejam assumidos "compromissos concretos" de reestruturação de dívida pelos parceiros europeus e que as autoridades gregas apliquem reformas estruturais "integrais".
"Está claro que o FMI tem uma série de procedimentos e um calendário diferentes; trata-se de um processo em duas fases e isso está em linha com o que falamos na cúpula" do euro sobre a Grécia do dia 12 e a "declaração resultante", disse a porta-voz comunitária Mina Andreeva na entrevista coletiva diária.
Além disso, acrescentou, a postura do FMI é "plenamente compatível com a agenda europeia, que é finalizar agora um novo programa do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) com os conhecimentos do Fundo, e depois considerar medidas de (alívio) da dívida mais adiante neste ano".
"O que importa agora é avançar no terreno (das negociações) e estamos fazendo exatamente isso, com a presença do FMI em Atenas e a plena participação do Fundo nas conversas" na capital grega, ressaltou Andreeva.
O governo grego e as instituições da zona do euro traçaram como meta fechar o acordo para o terceiro resgate heleno antes de 18 de agosto, de modo que possa receber um primeiro desembolso antes de 20, dia em que vence o pagamento de bônus ao BCE de um total de 3,2 bilhões de euros.
No total, está previsto que o terceiro pacote de resgate com uma duração de três anos some cerca de 86 bilhões de euros, dos quais um máximo de 25 bilhões seriam reservados para a recapitalização dos bancos.