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Comércio reflete queda no mercado de trabalho, diz IBGE

Embora a inflação e o encarecimento do crédito também afetem alguns setores, a renda e a perspectiva de manutenção do emprego são determinantes para o consumo

Comércio: embora a inflação e o encarecimento do crédito também afetem alguns setores, a renda e a perspectiva de manutenção do emprego são determinantes para o consumo (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de julho de 2016 às 12h19.

Rio de Janeiro - Os maus resultados do comércio varejista refletem a deterioração ainda em curso no mercado de trabalho , segundo Isabella Nunes, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE ).

"Os números do comércio estão reagindo a esse enfraquecimento do mercado de trabalho, principalmente", afirmou Isabella.

Embora a inflação e o encarecimento do crédito também afetem diretamente alguns setores importantes, a renda do trabalho e a perspectiva de manutenção do emprego são determinantes para a decisão de consumo das famílias, lembrou a pesquisadora.

"As vendas do varejo refletem o consumo das famílias, que dependem de crédito e renda. A gente não tem nenhum reflexo de melhora que possa ter sido captada pelos índices de confiança, porque o mercado de trabalho ainda não se recuperou", avaliou.

De acordo com Isabella, a reação do mercado de trabalho a uma possível retomada dos investimentos será lenta, e o reflexo positivo sobre as vendas no varejo ocorrerá apenas quando aumentar a ocupação e massa salarial em circulação na economia.

Em maio, as vendas no varejo alcançaram uma perda de 6,5% acumuladas nos últimos 12 meses, resultado mais negativo da série histórica da Pesquisa Mensal do Comércio, iniciada em 2000. "O varejo ampliou o ritmo de queda", disse Isabella.

Segmentos

Todas as atividades do varejo registraram retração em maio, em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o IBGE. Embora o mês de maio de 2016 tenha tido um dia útil a mais, o volume vendido encolheu 9,0%.

O setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios bebidas e fumo recuou 5,6%; Outros artigos de uso pessoal e doméstico caíram 15,5%, seguidos por Móveis e eletrodomésticos (-14,6%), Combustíveis e lubrificantes (-10,9%), Tecidos, vestuário e calçados (-13,5%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-2,6%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-14,4%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-24,2%).

No varejo ampliado, a queda de 10,2% no período teve contribuição ainda dos recuos nos segmentos de veículos (-13,3%) e material de construção (-10,6%).

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"Os números do comércio estão reagindo a esse enfraquecimento do mercado de trabalho, principalmente", afirmou Isabella.

Embora a inflação e o encarecimento do crédito também afetem diretamente alguns setores importantes, a renda do trabalho e a perspectiva de manutenção do emprego são determinantes para a decisão de consumo das famílias, lembrou a pesquisadora.

"As vendas do varejo refletem o consumo das famílias, que dependem de crédito e renda. A gente não tem nenhum reflexo de melhora que possa ter sido captada pelos índices de confiança, porque o mercado de trabalho ainda não se recuperou", avaliou.

De acordo com Isabella, a reação do mercado de trabalho a uma possível retomada dos investimentos será lenta, e o reflexo positivo sobre as vendas no varejo ocorrerá apenas quando aumentar a ocupação e massa salarial em circulação na economia.

Em maio, as vendas no varejo alcançaram uma perda de 6,5% acumuladas nos últimos 12 meses, resultado mais negativo da série histórica da Pesquisa Mensal do Comércio, iniciada em 2000. "O varejo ampliou o ritmo de queda", disse Isabella.

Segmentos

Todas as atividades do varejo registraram retração em maio, em relação ao mesmo período do ano passado, segundo o IBGE. Embora o mês de maio de 2016 tenha tido um dia útil a mais, o volume vendido encolheu 9,0%.

O setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios bebidas e fumo recuou 5,6%; Outros artigos de uso pessoal e doméstico caíram 15,5%, seguidos por Móveis e eletrodomésticos (-14,6%), Combustíveis e lubrificantes (-10,9%), Tecidos, vestuário e calçados (-13,5%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-2,6%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-14,4%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-24,2%).

No varejo ampliado, a queda de 10,2% no período teve contribuição ainda dos recuos nos segmentos de veículos (-13,3%) e material de construção (-10,6%).

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