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Comércio reduz previsão de crescimento em 2013

A CNDL reduziu a previsão, hoje (10), para 5%, mas admite uma queda maior para 4,5%, dependendo da elevação da taxa de juros

Comércio: na comparação com maio, a retração nas vendas em junho foi de 3,74%, em consequência dos problemas ocorridos durante os jogos. (Tânia Rêgo/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2013 às 15h49.

Brasília - O crescimento das vendas do comércio no segundo semestre de 2013 deverá ficar abaixo do esperado pelo setor, que previa um aumento de 6,15% em relação ao ano passado. A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) reduziu a previsão, hoje (10), para 5%, mas admite uma queda maior para 4,5%, dependendo da elevação da taxa de juros que deverá ser anunciada nesta quarta-feira pelo Banco Central.

Esses percentuais foram revelados pelo presidente da CNDL, Roque Pelizzaro Junior, ao fazer um balanço sobre os dados de junho do indicador mensal do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Segundo ele, as informações do SPC Brasil revelam uma “leve variação” positiva de 0,67% nas vendas, caracterizada pelo estudo apresentado como uma desaceleração pelo terceiro mês consecutivo e, que na comparação com o mesmo mês de 2012, é o menor crescimento anual já registrado desde janeiro do ano passado.

Os números de junho, de acordo com Pelizzaro, mostram uma estagnação do ritmo do comércio, provocados por inflação alta, dólar mais caro, juros mais altos, baixa produção industrial, as expectativas frustradas de vendas durante a Copa das Confederações aliadas as manifestações populares que ocorreram no país durante os jogos.

Para o dirigente da confederação, “no melhor dos cenário", o setor trabalha "com uma inflação que deve fechar o ano no intervalo da tolerância da meta e que, ainda assim, continua sendo muito alta”. Ele acrescentou que a desaceleração nas vendas é atenuada pelo aumento da renda real e o baixo índice de desemprego.

Diante desse quadro, Pelizzaro disse que o possível aumento da taxa de juros servirá para complicar a situação e “o remédio pode matar o doente”. Por isso, ele recomendou moderação, pelo Banco Central, e que a instituição leve em consideração que “a demanda interna chegou a um nível de paralisia”.


Pelizzaro disse que encaminhou ao Ministério do Esporte e à Secretária Nacional do Comércio (SNC), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a avaliação feita pela confederação dos prejuízos do setor com a competição. Ele ressaltou que é preciso adotar medidas para evitar o mesmo desempenho do comércio durante a Copa do Mundo de 2014.

Na comparação com maio, a retração nas vendas em junho foi de 3,74%, em consequência dos problemas ocorridos durante os jogos. Pelizzaro destacou que as causas do fraco desempenho do setor, durante o evento, foram, por exemplo, os feriados decretados nas cidades-sede do torneio; trabalhadores dispensados pelas empresas no fim da tarde: e as partidas realizadas no sábado, um dos dias que mais movimentam o mercado varejista.

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Brasília - O crescimento das vendas do comércio no segundo semestre de 2013 deverá ficar abaixo do esperado pelo setor, que previa um aumento de 6,15% em relação ao ano passado. A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) reduziu a previsão, hoje (10), para 5%, mas admite uma queda maior para 4,5%, dependendo da elevação da taxa de juros que deverá ser anunciada nesta quarta-feira pelo Banco Central.

Esses percentuais foram revelados pelo presidente da CNDL, Roque Pelizzaro Junior, ao fazer um balanço sobre os dados de junho do indicador mensal do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Segundo ele, as informações do SPC Brasil revelam uma “leve variação” positiva de 0,67% nas vendas, caracterizada pelo estudo apresentado como uma desaceleração pelo terceiro mês consecutivo e, que na comparação com o mesmo mês de 2012, é o menor crescimento anual já registrado desde janeiro do ano passado.

Os números de junho, de acordo com Pelizzaro, mostram uma estagnação do ritmo do comércio, provocados por inflação alta, dólar mais caro, juros mais altos, baixa produção industrial, as expectativas frustradas de vendas durante a Copa das Confederações aliadas as manifestações populares que ocorreram no país durante os jogos.

Para o dirigente da confederação, “no melhor dos cenário", o setor trabalha "com uma inflação que deve fechar o ano no intervalo da tolerância da meta e que, ainda assim, continua sendo muito alta”. Ele acrescentou que a desaceleração nas vendas é atenuada pelo aumento da renda real e o baixo índice de desemprego.

Diante desse quadro, Pelizzaro disse que o possível aumento da taxa de juros servirá para complicar a situação e “o remédio pode matar o doente”. Por isso, ele recomendou moderação, pelo Banco Central, e que a instituição leve em consideração que “a demanda interna chegou a um nível de paralisia”.


Pelizzaro disse que encaminhou ao Ministério do Esporte e à Secretária Nacional do Comércio (SNC), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, a avaliação feita pela confederação dos prejuízos do setor com a competição. Ele ressaltou que é preciso adotar medidas para evitar o mesmo desempenho do comércio durante a Copa do Mundo de 2014.

Na comparação com maio, a retração nas vendas em junho foi de 3,74%, em consequência dos problemas ocorridos durante os jogos. Pelizzaro destacou que as causas do fraco desempenho do setor, durante o evento, foram, por exemplo, os feriados decretados nas cidades-sede do torneio; trabalhadores dispensados pelas empresas no fim da tarde: e as partidas realizadas no sábado, um dos dias que mais movimentam o mercado varejista.

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