Exame Logo

Comércio e economia dominam encontro de Xi com EUA

Reunião do novo presidente da China com secretário de Tesouro americano foi marcada pelas questões econômicas e comerciais

Secretário de Tesouro dos Estados Unidos, Jacob Lew, conversa com o presidente da China, Xi Jinping durante encontro em Pequim (Andy Wong/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de março de 2013 às 10h13.

Pequim - Uma reunião do novo presidente da China , Xi Jinping, com o secretário de Tesouro dos EUA, Jack Lew, colocou as questões econômicas e comerciais no topo da pauta diplomática entre as duas maiores economias mundiais, nesta terça-feira.

Xi e Lew defenderam que o foco seja nos interesses comuns, e não nas divergências, e se limitaram a amenidades diplomáticas diante da imprensa, naquele que foi, para ambos, a primeira reunião internacional importante desde que assumiram seus respectivos cargos.

Um funcionário dos EUA disse por email que a reunião propriamente dita durou 45 minutos, numa discussão em nível estratégico sobre questões importantes da pauta bilateral, como câmbio, economia global e europeia, propriedade intelectual, segurança cibernética e a Coreia do Norte. Essa fonte disse que Lew foi "franco e direto".

A agência estatal de notícias chinesa Xinhua publicou um comentário dizendo que Lew deveria usar sua visita para convencer a China de que os EUA conseguirão controlar sua dívida, estabilizar a cotação do dólar e honrar tratados comerciais.

"As apostas são elevadas", disse a agência, que geralmente reflete a linha oficial do governo chinês, mas desta vez adotou um tom mais agressivo do que o próprio Xi.

Falando diante de uma tapeçaria que retrata um pinheiro e um grou (ave) --dois símbolos de hospitalidade--, Xi disse ter "enormes interesses comuns (com os EUA), mas é claro que inevitavelmente temos algumas diferenças".


Lew disse que os dois países têm a responsabilidade de promover o crescimento global, e pediu à China que estimule a demanda interna como forma de contribuir com um re-equilíbrio global.

"O presidente (dos EUA) está firmemente comprometido em construir uma relação de crescente força em que cooperemos em questões de importância econômica e estratégica, entendendo que cada um de nós terá de cumprir suas próprias responsabilidades, mas também devermos gerir nossas diferenças", disse ele.

Xi e Lew concordaram a respeito do importante papel do Diálogo Estratégico e Econômico --que teve uma rodada em outubro de 2012 na China, e será repetido neste ano nos EUA--, segundo o comunicado enviado por email por uma fonte norte-americana.

O comércio é claramente uma área em que há ao mesmo tempo cooperação e rivalidade, como o ministério chinês do Comércio salientou em outro evento, ao declarar a intenção de acelerar as negociações comerciais com parceiros importantes, ao mesmo tempo em que os EUA tentam selar seu próprio acordo de livre-comércio com a região do Pacífico.

A China manterá neste ano três rodadas de negociações comerciais com o Japão e a Coreia do Sul, e irá intensificar o diálogo com outros parceiros, segundo o ministério.

Analistas dizem que a China está tentando se reaproximar do Japão após recentes atritos diplomáticos pela posse de ilhas desabitadas, e ao mesmo tempo tenta conter a virada da diplomacia norte-americana na direção do Extremo Oriente.

Veja também

Pequim - Uma reunião do novo presidente da China , Xi Jinping, com o secretário de Tesouro dos EUA, Jack Lew, colocou as questões econômicas e comerciais no topo da pauta diplomática entre as duas maiores economias mundiais, nesta terça-feira.

Xi e Lew defenderam que o foco seja nos interesses comuns, e não nas divergências, e se limitaram a amenidades diplomáticas diante da imprensa, naquele que foi, para ambos, a primeira reunião internacional importante desde que assumiram seus respectivos cargos.

Um funcionário dos EUA disse por email que a reunião propriamente dita durou 45 minutos, numa discussão em nível estratégico sobre questões importantes da pauta bilateral, como câmbio, economia global e europeia, propriedade intelectual, segurança cibernética e a Coreia do Norte. Essa fonte disse que Lew foi "franco e direto".

A agência estatal de notícias chinesa Xinhua publicou um comentário dizendo que Lew deveria usar sua visita para convencer a China de que os EUA conseguirão controlar sua dívida, estabilizar a cotação do dólar e honrar tratados comerciais.

"As apostas são elevadas", disse a agência, que geralmente reflete a linha oficial do governo chinês, mas desta vez adotou um tom mais agressivo do que o próprio Xi.

Falando diante de uma tapeçaria que retrata um pinheiro e um grou (ave) --dois símbolos de hospitalidade--, Xi disse ter "enormes interesses comuns (com os EUA), mas é claro que inevitavelmente temos algumas diferenças".


Lew disse que os dois países têm a responsabilidade de promover o crescimento global, e pediu à China que estimule a demanda interna como forma de contribuir com um re-equilíbrio global.

"O presidente (dos EUA) está firmemente comprometido em construir uma relação de crescente força em que cooperemos em questões de importância econômica e estratégica, entendendo que cada um de nós terá de cumprir suas próprias responsabilidades, mas também devermos gerir nossas diferenças", disse ele.

Xi e Lew concordaram a respeito do importante papel do Diálogo Estratégico e Econômico --que teve uma rodada em outubro de 2012 na China, e será repetido neste ano nos EUA--, segundo o comunicado enviado por email por uma fonte norte-americana.

O comércio é claramente uma área em que há ao mesmo tempo cooperação e rivalidade, como o ministério chinês do Comércio salientou em outro evento, ao declarar a intenção de acelerar as negociações comerciais com parceiros importantes, ao mesmo tempo em que os EUA tentam selar seu próprio acordo de livre-comércio com a região do Pacífico.

A China manterá neste ano três rodadas de negociações comerciais com o Japão e a Coreia do Sul, e irá intensificar o diálogo com outros parceiros, segundo o ministério.

Analistas dizem que a China está tentando se reaproximar do Japão após recentes atritos diplomáticos pela posse de ilhas desabitadas, e ao mesmo tempo tenta conter a virada da diplomacia norte-americana na direção do Extremo Oriente.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaEstados Unidos (EUA)Países ricos

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame