Comércio deve contratar mais em 2014, prevê CNC
Previsão é que o segmento crie 351,5 mil novos postos de trabalho formais ao longo deste ano, segundo cálculos de economista da CNC
Da Redação
Publicado em 3 de janeiro de 2014 às 15h43.
Rio - O comércio chegou ao fim de 2013 mais propenso à abertura de novas vagas e pode voltar a ajudar o mercado de trabalho a ter um bom desempenho em 2014.
A previsão é que o segmento crie 351,5 mil novos postos de trabalho formais ao longo deste ano, segundo cálculos do economista Fabio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC), obtido com exclusividade pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.
O resultado representaria um avanço sobre o ano passado, que deve ter fechado com a criação de 292 mil postos de trabalho.
Dados do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), divulgados nesta sexta-feira, 3, pela CNC, mostram que os empresários do setor aumentaram em 1,3% a perspectiva de contratação de novos funcionários em dezembro, na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
No entanto, entre os empresários que declararam que vão aumentar o número de empregados, a maioria afirma que abrirá poucas vagas, ponderou Bentes. "Na pesquisa, dois em cada três empresários estão dizendo que vão contratar pouco. Eu leio esse dado como uma contratação condizente com esse aumento mais moderado nas vendas", disse Bentes.
A CNC estima que as vendas do comércio varejista aumentem entre 4% e 4,5% em 2013 em relação ao ano anterior. Em 2014, a expansão esperada no volume vendido é de 5,5% a 6%. "Esse aumento esperado nas vendas provoca essa reação no varejo. O empresário vai investir de forma cautelosa na contratação de funcionários", avaliou o economista.
Bentes lembra que, em 2012, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho apontaram que o comércio gerou 402 mil vagas formais.
Em 2013, ainda faltam informações sobre as vagas geradas em dezembro, mas a CNC estima que o setor feche o ano com a criação de 292 mil vagas formais.
"O que está acontecendo é que muita gente está migrando de outras atividades para o comércio, não só da indústria, mas, principalmente, os empregados domésticos. Isso está até fazendo o salário do comércio ter uma queda", contou Bentes.
Além da melhora na perspectiva de geração de vagas nos próximos meses, o empresário do comércio também está mais satisfeito com os estoques do setor. A avaliação dos estoques evoluiu 1,4% em dezembro ante dezembro de 2012.
"Esse foi o terceiro mês de avaliação favorável sobre os estoques. Quando o comerciante olha para o fundo da loja, ele vê os estoques evoluindo melhor do que ele planejava. Ele está vendendo mais do que previa", explicou o economista da CNC.
Por outro lado, a intenção de investimentos em máquinas e equipamentos recuou 4,7% em dezembro, devido ao crédito mais caro e à desaceleração no ritmo de crescimento das vendas em 2013 em relação a 2012.
Rio - O comércio chegou ao fim de 2013 mais propenso à abertura de novas vagas e pode voltar a ajudar o mercado de trabalho a ter um bom desempenho em 2014.
A previsão é que o segmento crie 351,5 mil novos postos de trabalho formais ao longo deste ano, segundo cálculos do economista Fabio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC), obtido com exclusividade pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.
O resultado representaria um avanço sobre o ano passado, que deve ter fechado com a criação de 292 mil postos de trabalho.
Dados do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), divulgados nesta sexta-feira, 3, pela CNC, mostram que os empresários do setor aumentaram em 1,3% a perspectiva de contratação de novos funcionários em dezembro, na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
No entanto, entre os empresários que declararam que vão aumentar o número de empregados, a maioria afirma que abrirá poucas vagas, ponderou Bentes. "Na pesquisa, dois em cada três empresários estão dizendo que vão contratar pouco. Eu leio esse dado como uma contratação condizente com esse aumento mais moderado nas vendas", disse Bentes.
A CNC estima que as vendas do comércio varejista aumentem entre 4% e 4,5% em 2013 em relação ao ano anterior. Em 2014, a expansão esperada no volume vendido é de 5,5% a 6%. "Esse aumento esperado nas vendas provoca essa reação no varejo. O empresário vai investir de forma cautelosa na contratação de funcionários", avaliou o economista.
Bentes lembra que, em 2012, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho apontaram que o comércio gerou 402 mil vagas formais.
Em 2013, ainda faltam informações sobre as vagas geradas em dezembro, mas a CNC estima que o setor feche o ano com a criação de 292 mil vagas formais.
"O que está acontecendo é que muita gente está migrando de outras atividades para o comércio, não só da indústria, mas, principalmente, os empregados domésticos. Isso está até fazendo o salário do comércio ter uma queda", contou Bentes.
Além da melhora na perspectiva de geração de vagas nos próximos meses, o empresário do comércio também está mais satisfeito com os estoques do setor. A avaliação dos estoques evoluiu 1,4% em dezembro ante dezembro de 2012.
"Esse foi o terceiro mês de avaliação favorável sobre os estoques. Quando o comerciante olha para o fundo da loja, ele vê os estoques evoluindo melhor do que ele planejava. Ele está vendendo mais do que previa", explicou o economista da CNC.
Por outro lado, a intenção de investimentos em máquinas e equipamentos recuou 4,7% em dezembro, devido ao crédito mais caro e à desaceleração no ritmo de crescimento das vendas em 2013 em relação a 2012.