Economia

Com variação abaixo do esperado, IPCA pode mudar rumo do Copom

Apesar do desempenho da indústria no início do ano e das declarações de Henrique Meirelles, presidente do Banco Central de que é possível crescimento econômico com o atual patamar dos juros -, a menor inflação registrada pelo IPCA em fevereiro pode mudar o rumo da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O Instituto […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h51.

Apesar do desempenho da indústria no início do ano e das declarações de Henrique Meirelles, presidente do Banco Central de que é possível crescimento econômico com o atual patamar dos juros -, a menor inflação registrada pelo IPCA em fevereiro pode mudar o rumo da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

O Instituto de pesquisa e Geografia Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (11/3) uma taxa de 0,61% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para o mês passado abaixo do que esperava o mercado. Os analistas do Bradesco, por exemplo, estimavam 0,76%. Os do Credit Suisse First Boston, 0,70%.

A redução também foi significativa em comparação com o mês anterior: em janeiro, o IPCA variou 0,76%. Com esse resultado, o IPCA acumula 1,37% no ano, abaixo dos 3,86% relativos a igual período de 2003. O índice dos últimos doze meses ficou em 6,69%, abaixo dos doze meses imediatamente anteriores (7,71%). O IPCA de fevereiro de 2003 foi 1,57%.

Resta saber se este era o sinal que o Copom esperava para ter certeza de que a inflação está em rota de queda. Nos últimos dois meses, o comitê não cedeu nos juros alegando, de acordo com as atas das reuniões de janeiro e fevereiro, que ainda não via sinais claros de que a inflação irá ceder . Na próxima reunião, que acontece semana que vem, a equipe do BC provavelmente irá usar a balança: de um lado, a desaceleração do IPCA. De outro, a recuperação da atividade industrial - que cresceu 1,7% em janeiro e as prévias de março de outros índices de inflação, que apontam altas.

Ontem, em Nova York, Meirelles reforçou a avaliação do BC de que o atual patamar de juros não impede o crescimento econômico o que o resultado do IBGE confirma. A afirmação de Meirelles foi interpretado como um forte sinal de que a taxa de juros não será alterada e permanecerá em 16,5%. 

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