Banco do BRICS foi criado em 2015 (Siphiwe Sibeko/Reuters)
Redação Exame
Publicado em 28 de maio de 2023 às 13h18.
Mais conhecido como o "banco do BRICS", o Novo Banco do Desenvolvimento, com sede em Xangai, está negociando a entrada de um novo membro. De acordo com o "Financial Times", o NBD negocia com a Arábia Saudita para integrar os países que compõem o banco, dando suporte justamente quando a Rússia sofre com sanções.
A entrada do reino saudita reforçaria os laços entre o banco e o segundo maior produtor de petróleo do mundo. “No Oriente Médio, atribuímos grande importância ao Reino da Arábia Saudita e atualmente estamos engajados em um diálogo qualificado com eles”, disse o Novo Banco de Desenvolvimento ao Financial Times em um comunicado.
O banco realiza sua reunião anual na terça e quarta-feira, 30 e 31 de maio. Será a primeira reunião com os governadores do banco comandada pela nova dirigente do NDB, a ex-presidente da República Dilma Rousseff. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, irá participar.
Como observa a reportagem do Financial Times, a a associação fortaleceria os laços de Riad com os países do BRICS em um momento em que a Arábia Saudita, maior exportadora de petróleo bruto do mundo, também está buscando relações mais estreitas com a China. No fim do ano passado, o presidente chinês Xi Jinping saudou uma “nova era” nos laços dos países . Em março, Pequim negociou um acordo entre a Arábia Saudita e o Irã para retomar as relações diplomáticas.
O NDB foi criado em 2015 pelo BRICS, bloco de países composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, para emprestar a projetos de desenvolvimento em economias emergentes. Ela emprestou US$ 33 bilhões para mais de 96 projetos nos cinco países membros fundadores e expandiu seu número de membros para incluir os Emirados Árabes Unidos, Egito e Bangladesh.