Economia

Com discordâncias, Guedes e Onyx tentam fechar proposta da Previdência

Idade mínima de 65 anos para homens e mulheres e benefício inferior a um salário mínimo são pontos de contraste entre os ministros

Onyx Lorenzoni e Paulo Guedes: ministros se reúnem no Palácio do Planalto (Valter Campanato/Agência Brasil)

Onyx Lorenzoni e Paulo Guedes: ministros se reúnem no Palácio do Planalto (Valter Campanato/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de fevereiro de 2019 às 10h55.

Brasília - Com opiniões divergentes sobre pontos cruciais da reforma da Previdência, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, estão reunidos na manhã desta quarta-feira, 6, no Palácio do Planalto.

Os ministros trabalham para fechar a proposta que será apresentada ao presidente Jair Bolsonaro quando ele retornar a Brasília, antes do envio do texto ao Congresso Nacional.

Após a publicação da minuta da Proposta de Emenda à Constituição pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) na última segunda-feira, Onyx disse discordar da idade mínima de 65 anos para homens e mulheres se aposentarem.

Bolsonaro também se oporia a esse ponto, já que prefere uma idade menor para as mulheres. O pagamento de benefícios abaixo de um salário mínimo para idosos também gera divergências na ala política do governo.

Já Guedes faz questão de uma reforma que tenha impacto fiscal significativo, de pelo menos R$ 1 trilhão.

Os ajustes no texto - que foi chamado de "hardcore" pelo mercado, em uma avaliação positiva - farão com que essa economia seja alcançada em um prazo menor ou maior, entre dez e 15 anos, como o ministro confirmou nessa terça-feira.

Na mesma terça, Onyx e Guedes tiveram reuniões em separado com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que avisou que seguirá o rito tradicional do regimento da Casa para tramitação da proposta, que chegaria ao plenário apenas em maio.

Maia alertou que o governo ainda não tem os cerca de 320 votos necessários para aprovar a proposta na Câmara com alguma margem de segurança - o mínimo necessário em cada turno de votação é de 308 votos.

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