Economia

Com déficit, Arábia Saudita corta gastos e revê subsídios

O orçamento para 2016, divulgado pelo Ministério das Finanças nesta segunda-feira, é marcado por uma radical reformulação na política econômica


	Petróleo: orçamento para 2016 é marcado por uma radical reformulação na política econômica
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Petróleo: orçamento para 2016 é marcado por uma radical reformulação na política econômica (ThinkStock)

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Da Redação

Publicado em 28 de dezembro de 2015 às 13h08.

Riad/Dubai - A Arábia Saudita, cujas finanças foram atingidas pelos baixos preços do petróleo, anunciou planos para reduzir um déficit orçamentário recorde por meio de cortes de despesas, reformas em subsídios à energia e busca por elevações de receitas por meio de impostos e privatização.

O orçamento para 2016, divulgado pelo Ministério das Finanças nesta segunda-feira, é marcado por uma radical reformulação na política econômica do maior exportador de petróleo do mundo, e inclui reformas politicamente sensíveis das quais as autoridades haviam anteriormente se esquivado.

O plano sugere que o reino não conta com uma recuperação maior dos preços do petróleo tão cedo, e ao invés disso está se preparando para um período de anos com petróleo barato.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) alertou em outubro que Riad poderia ficar sem dinheiro em cinco anos se não apertasse os cintos.

"Nossa economia tem potencial para enfrentar desafios", disse o Rei Salman em um discurso, adicionando que o orçamento de 2016 inaugura uma fase em que o reino deverá diversificar suas receitas.

O Ministério das Finanças disse na peça orçamentária que vai rever subsídios para água, eletricidade e produtos de petróleo ao longo dos cinco próximos anos.

Esse é um passo politicamente sensível, uma vez que o reino teve como tradição manter os preços domésticos entre os menores níveis no mundo, como medida de bem-estar social.

Qualquer mudança terá como objetivo tornar o uso de energia mais eficiente, e buscará minimizar efeitos negativos em sauditas de baixa e média renda, disse o ministério.

A pasta também citou que deverão ser realizadas outras reformas, incluindo "privatização de uma série de setores e atividades econômicas", sem dar detalhes.

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