Economia

COI se mostra oásis de prosperidade em meio à crise

De acordo com os números apresentados nesta terça à assembleia reunida em Londres, o COI tem um fundo de US$ 563,77 milhões na Fundação Olímpica

Ponte com símbolo das Olimpíadas: o Comitê Olímpico Internacional ainda se reunirá duas vezes até a próxima quinta-feira (Stu Forster/Getty Images)

Ponte com símbolo das Olimpíadas: o Comitê Olímpico Internacional ainda se reunirá duas vezes até a próxima quinta-feira (Stu Forster/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2012 às 14h56.

Londres - O Comitê Olímpico Internacional (COI) atravessa uma situação financeira sólida, alheia à qualquer risco, e pode se orgulhar de ter resistido à crise vivida na Europa, segundo declarações dadas nesta terça-feira pelo presidente da Comissão Financeira, o portorriquenho Richard Carrión.

De acordo com os números apresentados nesta terça à assembleia reunida em Londres, o COI tem um fundo de US$ 563,77 milhões na Fundação Olímpica, onde deposita suas reservas permanentes.

Em 2011, entraram US$ 136 milhões, para despesas de US$ 376 milhões, mas esse déficit será desfeito quando forem encerrados os Jogos Olímpicos de Londres e entrarem nos cofres do organismo as verbas de televisão e patrocínio relacionadas ao evento.

No atual ciclo, são esperadas receitas de US$ 3,9 bilhões por venda de direitos de televisão, 50% a mais que no quadriênio anterior. Para o período 2013-2016, já foram assinados US$ 3,7 bilhões em contratos, e para 2017-2020, US$ 2,6 bilhões.

Os grandes patrocinadores do programa TOP, que chegam a 11, forneceram no ciclo olímpico que termina agora US$ 957 milhões.

"A experiência demonstra que, após uma diminuição em 2008, soubemos enfrentar bem as dificuldades", afirmou Carrión, que detalhou que a maioria dos investimentos do COI estão "na renda fixa, embora também há quantias em outros setores como o imobiliário ou a renda variável".

O australiano Kevan Gosper, ex-vice-presidente do comitê, destacou o mérito de Rogge, que segundo ele preparou a entidade financeiramente para resistir à crise.

"Os números apresentados hoje são um exemplo para esses Governos que não administraram bem, e para os bancos que puseram em risco sua reputação devido a uma má atuação. Representam um êxito considerável", comentou Gosper.

Em seu discurso inaugural nesta terça, o atual presidente do COI já havia adiantado que o momento financeiro do COI é bom, mas pediu sensatez quanto às despesas.

"Mesmo com uma situação financeira sólida, devemos ser realistas. Na organização dos Jogos Olímpicos, os analistas do COI preparam uma série de medidas para conter as despesas, mas precisamos da solidariedade responsável de todas as partes", alertou.

O Comitê Olímpico Internacional ainda se reunirá duas vezes até a próxima quinta-feira, véspera da cerimônia de abertura dos Jogos de Londres. 

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