Economia

"Cobrem mais impostos de nós!", pedem bilionários americanos

Clube de ricos dos Estados Unidos apoia ideia de um tributo sobre grandes fortunas em contrapartida a cobranças menores dos mais pobres

George Soros: investidor americano é um dos apoiadores da ideia (Lisi Niesner/Reuters)

George Soros: investidor americano é um dos apoiadores da ideia (Lisi Niesner/Reuters)

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AFP

Publicado em 24 de junho de 2019 às 21h04.

Última atualização em 25 de junho de 2019 às 09h45.

"Está na hora de nos cobrar mais impostos": esta é a mensagem de um pequeno grupo de bilionários americanos, entre eles o empresário George Soros, o cofundador do Facebook Chris Hughes e os herdeiros dos impérios Hyatt e Disney aos candidatos presidenciais à Casa Branca em 2020.

Em carta publicada nesta segunda-feira (24) na internet, o clube de ricaços americanos apoia a ideia de um tributo sobre grandes fortunas. "Escrevemos a todos os candidatos à presidência, sejam republicanos ou democratas, para que apoiem um imposto moderado sobre as fortunas do 1/10 mais risco do 1% dos americanos, nós", afirmam.

A riqueza deste 0,1% da população é quase a mesma de 90% dos demais americanos. "O próximo dólar de novas receitas tributárias deve vir dos mais endinheirados, não dos americanos de renda média ou baixa", afirmam os 18 signatários, que pertencem a 11 famílias.

Vários candidatos às primárias democratas, entre eles Pete Buttigieg e Beto O'Rourke, já expressaram seu apoio a esta medida.

Mas a carta destaca a proposta específica da senadora democrata e presidenciável Elizabeth Warren, senadora por Massachusetts, que prevê taxar famílias com mais de 50 milhões de dólares em ativos, cerca de 75 mil grupos. Esta medida poderia, segundo estimativas, gerar US$ 2,75 bilhões em dez anos.

"Os Estados Unidos têm a responsabilidade moral, ética e econômica de taxar mais fortemente nossa fortuna", escrevem.

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