CNI: quase metade das exportadoras perdeu mercado em 2010
Segundo a pesquisa, um terço dessas empresas já suspendeu suas exportações
Da Redação
Publicado em 1 de agosto de 2011 às 17h34.
Rio de Janeiro - Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontou que 48% das indústrias que vendem para fora do país perderam participação no mercado externo no ano passado.
Um terço dessas empresas já suspendeu suas exportações, segundo a pesquisa realizada pela patronal dos industriais. As dificuldades para competir no mercado externo foram maiores entre as pequenas indústrias.
Segundo a pesquisa, realizada entre os dias 31 de março e 14 de abril pela CNI, 24% dos 1.569 industriais de todo o país prevê que as exportações perderão ainda mais participação em seu faturamento total este ano.
As exportações representavam na média cerca de 20% do faturamento total das indústrias brasileiras com vendas ao exterior no ano passado. Essa percentagem tinha sido de 26% em 2008.
A CNI atribuiu a perda de competitividade externa em baixa rentabilidade das vendas como consequência da forte valorização do real frente ao dólar nos últimos anos.
A instituição também culpou a crise econômica global em contraste com um mercado interno crescente, assim como o alto custo do capital no Brasil pelas taxas elevadas de juros e a pesada carga tributária do país.
"É importante revisar esse palco e dar um novo estímulo às exportações", informou a CNI em comunicado.
Para reverter o quadro, 68% das indústrias exportadoras consultadas pretendem adotar estratégias este ano para estimular suas remessas ao exterior, entre elas a redução de custos e a maior produtividade.
Segundo a CNI, para superar as dificuldades de exportação, 10% das indústrias exportadoras já instalaram fábricas no exterior para atender a demanda externa.
Apesar das queixas dos industriais, o Brasil acumulou nos sete primeiros meses deste ano um superávit em sua balança comercial de US$ 16,1 bilhões, valor 74,4% superior ao mesmo período de 2010, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pelo Governo.
Enquanto as exportações nos sete primeiros meses do ano cresceram 31,5% frente às do mesmo período de 2010, até US$ 140,5 bilhões, as importações aumentaram em menor ritmo (27,5 %) até US$ 124,4 bilhões.
Segundo analistas, apesar da forte valorização do real frente ao dólar, as exportações vêm crescendo com mais força que as importações graças à alta dos preços de matérias-primas das quais o Brasil é um grande abastecedor mundial, como ferro e alimentos.
O Governo, que na semana passada anunciou restrições para frear a especulação com a mudança, anunciou que estuda medidas para evitar que a desvalorização artificial das moedas de alguns países afete a competitividade das exportações brasileiras.
O Ministério da Fazenda, além disso, anunciará esta semana uma política industrial que prevê isenções fiscais para os setores exportadores mais afetados pela valorização do real.
Rio de Janeiro - Uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) apontou que 48% das indústrias que vendem para fora do país perderam participação no mercado externo no ano passado.
Um terço dessas empresas já suspendeu suas exportações, segundo a pesquisa realizada pela patronal dos industriais. As dificuldades para competir no mercado externo foram maiores entre as pequenas indústrias.
Segundo a pesquisa, realizada entre os dias 31 de março e 14 de abril pela CNI, 24% dos 1.569 industriais de todo o país prevê que as exportações perderão ainda mais participação em seu faturamento total este ano.
As exportações representavam na média cerca de 20% do faturamento total das indústrias brasileiras com vendas ao exterior no ano passado. Essa percentagem tinha sido de 26% em 2008.
A CNI atribuiu a perda de competitividade externa em baixa rentabilidade das vendas como consequência da forte valorização do real frente ao dólar nos últimos anos.
A instituição também culpou a crise econômica global em contraste com um mercado interno crescente, assim como o alto custo do capital no Brasil pelas taxas elevadas de juros e a pesada carga tributária do país.
"É importante revisar esse palco e dar um novo estímulo às exportações", informou a CNI em comunicado.
Para reverter o quadro, 68% das indústrias exportadoras consultadas pretendem adotar estratégias este ano para estimular suas remessas ao exterior, entre elas a redução de custos e a maior produtividade.
Segundo a CNI, para superar as dificuldades de exportação, 10% das indústrias exportadoras já instalaram fábricas no exterior para atender a demanda externa.
Apesar das queixas dos industriais, o Brasil acumulou nos sete primeiros meses deste ano um superávit em sua balança comercial de US$ 16,1 bilhões, valor 74,4% superior ao mesmo período de 2010, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pelo Governo.
Enquanto as exportações nos sete primeiros meses do ano cresceram 31,5% frente às do mesmo período de 2010, até US$ 140,5 bilhões, as importações aumentaram em menor ritmo (27,5 %) até US$ 124,4 bilhões.
Segundo analistas, apesar da forte valorização do real frente ao dólar, as exportações vêm crescendo com mais força que as importações graças à alta dos preços de matérias-primas das quais o Brasil é um grande abastecedor mundial, como ferro e alimentos.
O Governo, que na semana passada anunciou restrições para frear a especulação com a mudança, anunciou que estuda medidas para evitar que a desvalorização artificial das moedas de alguns países afete a competitividade das exportações brasileiras.
O Ministério da Fazenda, além disso, anunciará esta semana uma política industrial que prevê isenções fiscais para os setores exportadores mais afetados pela valorização do real.