Economia

CNI e Ibef justificam necessidade de aumento da Selic

A CNI ressalta que o cenário atual, “de contração da liquidez internacional” e de “pressão sobre as moedas dos países emergentes”, justifica a decisão


	Dinheiro: para assegurar desaceleração da inflação, com menor impacto na atividade produtiva, CNI reitera necessidade de haver maior sintonia entre políticas monetária e fiscal
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Dinheiro: para assegurar desaceleração da inflação, com menor impacto na atividade produtiva, CNI reitera necessidade de haver maior sintonia entre políticas monetária e fiscal (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2013 às 20h44.

Brasília – O aumento da taxa básica de juros (Selic) de 8,5% para 9% ao ano estava dentro das expectativas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), de acordo com nota divulgada pela entidade tão logo o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) divulgou a decisão, adotada por unanimidade.

A CNI ressalta que o cenário atual, “de contração da liquidez internacional” e de “pressão sobre as moedas dos países emergentes”, justifica a decisão.

Acrescenta, também, que no plano doméstico, a inflação acumulada nos últimos 12 meses continua perto do teto de 6,5%, apesar da recente desaceleração do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Para assegurar a desaceleração da inflação, com menor impacto na atividade produtiva, a CNI reitera a necessidade de haver maior sintonia entre as políticas monetária e fiscal, “com controle do ritmo de expansão dos gastos públicos”, associado ao rigor e comprometimento com as metas fiscais. “Só a sincronização dessas políticas reverterá o atual quadro de alta inflação e baixo crescimento econômico", completa o comunicado.

O Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef) de São Paulo também divulgou nota na qual destaca que a elevação da Selic se justifica, porque a inflação segue tendência de alta. Isso, à desvalorização do real, precisa ser complementada com elevação dos juros. Política que o BC pode manter na próxima reunião do Copom (dias 8 e 9 de outubro) “se a conjuntura mundial e a tendência inflacionária assim determinarem”, de acordo com a nota assinada pelo vice-presidente do Ibef de São Paulo, Keyler Carvalho Rocha.

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