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CNI diz que é contra aumento de impostos e que vai protestar

"Aumentar impostos deve ser a última das possibilidades. Quem paga são os consumidores e a sociedade já está penalizada", disse um porta-voz da entidade

Imposto: a Fiesp publicou anúncios em jornais criticando a possibilidade de aumento de impostos pelo governo Temer (./Thinkstock)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de março de 2017 às 13h43.

Brasília - O presidente da Confederação Nacional da Indústria ( CNI ), Robson Andrade, disse que a entidade é contra aumento de tributos e que, se houver elevação de impostos na próxima semana, vai protestar.

"Somos contra elevação de impostos, vamos protestar, discutir com o Congresso, com o presidente Michel Temer, com o ministro", afirmou, após reunião com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

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Nesta sexta-feira, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) publicou anúncios em jornais criticando a possibilidade de aumento de impostos pelo governo Temer.

De acordo com Andrade, na reunião com Meirelles, não foi discutido o tema elevação de tributos. Ele disse que a entidade reconhece a necessidade do ajuste fiscal para que o País volte a crescer.

"Se não tiver o conforto de ajuste nas contas públicas, certamente vamos ter erosão da atividade econômica e voltar dois anos atrás", afirmou.

Ele defende, no entanto, que a conta seja fechada sem o aumento de tributos. Nesta semana, a equipe econômica indicou que o Orçamento de 2017 tem um rombo de R$ 58,1 bilhões, valor que será coberto por receitas que estão sob discussão judicial, contingenciamento e mais impostos.

"A conta não é simples de fechar, nem tem um único lado. Tem um somatório de ações, reduzir despesas e burocracia, deixar de investir em áreas não prioritárias", afirmou.

"Aumentar impostos deve ser a última das últimas possibilidades. Quem paga são os consumidores e a sociedade já está penalizada."

Andrade entregou ao ministro uma lista de 11 projetos que a entidade quer que sejam enviados ou tenham a tramitação no Congresso Nacional priorizada, entre eles o do Refis, que a indústria quer que seja ampliado, e da reforma do PIS/Cofins.

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