"A economia alemã está se segurando frente à crise do euro", disse o presidente do instituto que realiza a medição (Carsten Koall/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 23 de novembro de 2012 às 08h43.
Berlim - O clima de negócios na Alemanha surpreendeu com sua primeira alta em sete meses em novembro, uma vez que as empresas se tornaram mais otimistas e colocaram a economia do país no caminho para um crescimento mais forte de novo no próximo ano.
O instituto Ifo, de Munique, informou nesta sexta-feira que seu índice de clima de negócios, com base em uma pesquisa mensal com cerca de 7 mil empresas, subiu para 101,4 em novembro ante 100,0 em outubro, superando até mesmo a estimativa mais alta em pesquisa da Reuters.
"A economia alemã está se segurando frente à crise do euro", disse o presidente do Ifo, Hans-Werner Sinn, em comunicado.
A mediana de 41 economistas estimava uma queda para 99,5, com os números variando de 98,5 a 100,3.
A Alemanha se provou amplamente imune à crise nos primeiros dois anos dos problemas de dívida que feriram a Europa, mas seu principal mercado de exportação, a zona do euro, caiu em recessão e um cenário global enfraquecido pesou sobre o crescimento alemão --confirmado em 0,2 por cento no terceiro trimestre.
Economistas agora esperam uma contração no final do ano, mas dizem que a Alemanha irá evitar uma recessão, ajudada por parceiros comerciais fora da Europa.
"Isso foi uma surpresa positiva. O clima bom aumenta as esperanças de que a economia irá se estabilizar depois do que provavelmente será um quatro trimestre fraco. Um aumento não é, no entanto, um sinal de virada", afirmou Ralph Solveen do Commerzbank.
"Houve sinais positivos das exportações para a Ásia e para os Estados Unidos. Além disso, temores de que a zona do euro iria quebrar diminuíram nos últimos meses. Esses temores estavam tendo um efeito massivo no crescimento econômico." As empresas estavam mais otimista sobre suas perspectivas de negócio, com um sub-índice subindo para 108.1, de 107.2 revisados em outubro. Elas também foram menos pessimista sobre o negócio atual, disse o instituto, com o índice de condições subindo para 95,2, de 93,2.