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Clima ameno impulsiona criação de emprego nos EUA em janeiro

Economia dos Estados Unidos abriu 225 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola no mês passado

Cartaz com anúncio de empregos nos Estados Unidos: falta de funcionários (Justin Sullivan/Getty Images/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 7 de fevereiro de 2020 às 11h26.

Washington — A criação de vagas de trabalho nos Estados Unidos acelerou em janeiro, com temperaturas amenas atípicas aumentando as contratações em setores sensíveis ao clima, indicando que a economia provavelmente continuará a crescer moderadamente apesar de uma queda nos investimentos empresariais.

No entanto, o relatório mensal de empregos do Departamento do Trabalho dos EUA mostrou que a economia criou 514 mil empregos a menos entre abril de 2018 e março de 2019 do que o inicialmente estimado. A maior revisão para baixo dos dados num período de 12 meses desde 2009 sugere que o crescimento do emprego poderá desacelerar significativamente este ano.

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A economia dos EUA abriu 225 mil vagas de trabalho fora do setor agrícola no mês passado, com o emprego nos canteiros de obras aumentando à maior taxa em um ano em meio a temperaturas mais amenas do que o normal, mostrou a pesquisa do governo sobre estabelecimentos. Também houve fortes ganhos em contratações no setor de transporte e armazéns.

Economistas consultados pela Reuters previam que a criação de empregos seria de 160.000 mil vagas em janeiro. Os dados de novembro e dezembro foram revisados para mostrar 7 mil empregos a mais criados do que o relatado anteriormente.

No entanto, os ganhos no emprego devem desacelerar em fevereiro à medida que o coronavírus, que matou centenas na China e infectou milhares em todo o mundo, prejudica as cadeias de oferta, especialmente para empresas de tecnologia como a Apple.

As revisões anuais dos dados de emprego atrairão atenção em meio a preocupações de que a Agência de Estatísticas do Trabalho, do Departamento do Trabalho -- que compila os dados de emprego, -- possa não estar capturando completamente o impacto da guerra comercial do presidente Donald Trump contra a China, que contribuiu para a maior desaceleração do investimento empresarial desde 2009.

A revisão para baixo no nível de emprego sugere que o modelo de governo de nascimento e morte, usado para calcular o número líquido de empregos de novas empresas e fechamentos, é defeituoso. Economistas dizem que as folhas de pagamento tendem a ser exageradas quando a tendência de crescimento está enfraquecendo.

Eles dizem que as revisões para baixo podem impactar as avaliações do mercado de trabalho pelo mercado financeiro.

A desaceleração no crescimento do emprego é atribuída à escassez de trabalhadores e à menor demanda por mão-de-obra. Embora o crescimento do emprego tenha diminuído, o ritmo permanece bem acima dos 100 mil empregos por mês necessários para acompanhar o crescimento da população em idade ativa.

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