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China quer negociar com UE para evitar guerra comercial

A UE é o maior mercado para as exportações chinesas e maior fornecedora de bens e serviços ao país

China: a Alemanha é contra a penalização por Bruxelas da importação de painéis fotovoltaicos chineses. (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2013 às 16h35.

Pequim - A China pediu nesta segunda-feira para se reunir com autoridades comerciais da União Europeia por causa de uma série de disputas comerciais, como o apoio da Alemanha, que se opõe à imposição de sanções às importações de painéis solares chineses.

Com outro conflito comercial à vista, neste caso, no setor químico, Bruxelas anunciou que o vice-ministro de Comércio chinês, Zhong Shan, pediu ao comissário de Comércio, Karel De Gucht, um encontro sobre as sanções alfandegárias à importação de painéis solares, que serão conhecidas no dia 5 de junho.

John Clancy, porta-voz da De Gucht, afirmou que a reunião é "informal".

"Como todas as partes sabem, as discussões formais sobre uma solução negociada no caso dos painéis solares só pode começar - como estipulam as regulações comerciais- caso sejam adotadas medidas provisórias".

A Alemanha é contra a penalização por Bruxelas da importação de painéis fotovoltaicos chineses.

"Em nossa opinião, as sanções não são necessárias", disse o ministro da Economia alemão, Philipp Rösler, em um discurso junto ao primeiro-ministro chinês Li Keqiang.

"Somos contra medidas protecionistas, a favor de mercados abertos e uma concorrência justa", disse Rösler no último dia da visita de Li à Alemanha, de longe, o maior sócio comercial da China na Europa.


Li, que agradeceu a posição alemã, afirmou que, por causa de Berlim, "queriam ouvir" a posição chinesa.

A chanceler alemã, Angela Merkel, já havia alertado no sábado que seu país faria qualquer coisa para resolver as diferenças de forma negociada diante do temor de uma guerra comercial.

"Ambas as partes devem evitar, a todo custo, cair em uma disputa que acabaria com a implantação de barreiras por ambas as partes", disse Merkel.

"Enquanto chefe do governo, peço que, a nível europeu, negociemos intensamente, o quanto antes, com a parte chinesa" para resolver essas diferenças, disse Merkel em coletiva de imprensa conjunta com Li.

Fontes próximas ao caso disseram nesta segunda-feira que a Alemanha não é a única que se opõe às barreiras.

"Outros 17 Estados membros também se opõem", segundo uma fonte que pediu anonimato.

"Dada esta forte oposição, está claro que a Comissão Europeia deve intensificar os esforços para chegar a uma solução negociada", disse.

A Comissão confirmou que Pequim está investigando uma ação contra várias empresas químicas europeias por possível dumping na China.

Esta é a segunda frente untidumping que a China abre contra a indústria europeia em menos de duas semanas depois do contencioso pelos tubos sem solda europeus.


Além dos painéis solares e seus componentes, a UE anunciou que planeja investigar os fabricantes chineses de equipamentos de telecomunicação como o gigante Huawei e ZTE.

A UE alega que a China está inundando o mercado europeu com produtos baratos, o que prejudica as empresas europeias.

A China responde que as sanções tarifárias não só ameaçam os empregos na China, como também afetam os interesses das empresas europeias, os consumidores e a indústria.

Enquanto cresce a lista dos contenciosos, aumenta o temor de uma guerra comercial, apesar do grande volume de trocas comerciais entre as duas potências, de meio trilhão de euros.

A UE é o maior mercado para as exportações chinesas e maior fornecedora de bens e serviços ao país.

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Pequim - A China pediu nesta segunda-feira para se reunir com autoridades comerciais da União Europeia por causa de uma série de disputas comerciais, como o apoio da Alemanha, que se opõe à imposição de sanções às importações de painéis solares chineses.

Com outro conflito comercial à vista, neste caso, no setor químico, Bruxelas anunciou que o vice-ministro de Comércio chinês, Zhong Shan, pediu ao comissário de Comércio, Karel De Gucht, um encontro sobre as sanções alfandegárias à importação de painéis solares, que serão conhecidas no dia 5 de junho.

John Clancy, porta-voz da De Gucht, afirmou que a reunião é "informal".

"Como todas as partes sabem, as discussões formais sobre uma solução negociada no caso dos painéis solares só pode começar - como estipulam as regulações comerciais- caso sejam adotadas medidas provisórias".

A Alemanha é contra a penalização por Bruxelas da importação de painéis fotovoltaicos chineses.

"Em nossa opinião, as sanções não são necessárias", disse o ministro da Economia alemão, Philipp Rösler, em um discurso junto ao primeiro-ministro chinês Li Keqiang.

"Somos contra medidas protecionistas, a favor de mercados abertos e uma concorrência justa", disse Rösler no último dia da visita de Li à Alemanha, de longe, o maior sócio comercial da China na Europa.


Li, que agradeceu a posição alemã, afirmou que, por causa de Berlim, "queriam ouvir" a posição chinesa.

A chanceler alemã, Angela Merkel, já havia alertado no sábado que seu país faria qualquer coisa para resolver as diferenças de forma negociada diante do temor de uma guerra comercial.

"Ambas as partes devem evitar, a todo custo, cair em uma disputa que acabaria com a implantação de barreiras por ambas as partes", disse Merkel.

"Enquanto chefe do governo, peço que, a nível europeu, negociemos intensamente, o quanto antes, com a parte chinesa" para resolver essas diferenças, disse Merkel em coletiva de imprensa conjunta com Li.

Fontes próximas ao caso disseram nesta segunda-feira que a Alemanha não é a única que se opõe às barreiras.

"Outros 17 Estados membros também se opõem", segundo uma fonte que pediu anonimato.

"Dada esta forte oposição, está claro que a Comissão Europeia deve intensificar os esforços para chegar a uma solução negociada", disse.

A Comissão confirmou que Pequim está investigando uma ação contra várias empresas químicas europeias por possível dumping na China.

Esta é a segunda frente untidumping que a China abre contra a indústria europeia em menos de duas semanas depois do contencioso pelos tubos sem solda europeus.


Além dos painéis solares e seus componentes, a UE anunciou que planeja investigar os fabricantes chineses de equipamentos de telecomunicação como o gigante Huawei e ZTE.

A UE alega que a China está inundando o mercado europeu com produtos baratos, o que prejudica as empresas europeias.

A China responde que as sanções tarifárias não só ameaçam os empregos na China, como também afetam os interesses das empresas europeias, os consumidores e a indústria.

Enquanto cresce a lista dos contenciosos, aumenta o temor de uma guerra comercial, apesar do grande volume de trocas comerciais entre as duas potências, de meio trilhão de euros.

A UE é o maior mercado para as exportações chinesas e maior fornecedora de bens e serviços ao país.

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