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China prevê crescer entre 6,5% e 7% em 2016

Ministro chinês garantiu que "a situação mudou" para a China desde a crise financeira de 2008

China: o país realizou cinco rebaixamentos nas taxas de juros e quatro nos coeficientes de caixa ao longo de 2015 (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2016 às 10h43.

Pequim - O governo da China anunciou nesta quarta-feira que espera um crescimento econômico entre 6,5% e 7% para este ano, e descartou que vá adotar grandes planos de estímulo para combater a desaceleração, depois de o PIB subir em 2015 em seu menor ritmo em 25 anos, e fecha o ano em 6,9%.

A afirmação foi feita pelo ministro responsável da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento (CNRD, o órgão de planejamento econômico), Xu Shaoshi, em entrevista coletiva em Pequim na qual ressaltou o "complexo" entorno doméstico e internacional que a potência asiática enfrenta.

Xu antecipou que para este ano as autoridades chinesas esperam um crescimento de entre 6,5% e 7% e se mostrou "confiante" de que essa faixa percentual poderá ser alcançada.

Ele também garantiu que "a situação mudou" para a China desde a crise financeira de 2008, quando Pequim iniciou um pacote de investimentos de 4 trilhões de iuanes (o equivalente a US$ 610 bilhões) para estimular a economia.

"É algo que fizemos no início da crise financeira internacional, e desempenhou um papel importante dadas as circunstâncias de então, mas hoje, na medida em que a situação mudou, não podemos recorrer a estímulos fortes para ajudar o crescimento", afirmou o ministro.

A China realizou cinco rebaixamentos nas taxas de juros e quatro nos coeficientes de caixa ao longo de 2015 e Xu considerou que estas medidas já foram "amortizadas".

"Algumas pessoas dizem que não são tão efetivas como quereriam que fossem, mas eu digo que temos que olhá-lo desde uma perspectiva diferente", explicou Xu, que insistiu que é preciso "ter em mente a nova normalidade da economia chinesa, porque o entorno, tanto o doméstico como o internacional, é ainda complexo".

O ministro chinês indicou que a política econômica de Pequim contempla outras questões além das medidas monetárias e fiscais, e acrescentou que o país está buscando como lidar com a queda dos preços das matérias-primas.

"Ainda mantemos um crescimento econômico de 6,9%, dentro de uma categoria razoável, e somente isto já mostra que nossa medidas macroeconômicas são efetivas", defendeu Xu.

O presidente da CNRD reivindicou que China é uma das economias que mais rápido se expandem, e que é "o principal motor do crescimento do mundo", utilizando dados do Banco Mundial para destacar que a contribuição chinesa a esse crescimento global foi de 25,8% ano passado.

"Um crescimento de dois dígitos não é o que buscamos", afirmou o responsável pelo planejamento econômico da China, que acrescentou que enquanto a taxa de desemprego se mantiver baixa é aceitável um menor crescimento do que o registrado nas últimas três décadas.

Além disso, o ministro chinês reconheceu que as estatísticas elaboradas por seu país "não são perfeitas", mas defendeu sua credibilidade, porque, disse, são obtidas com métodos "universais" e seguindo os padrões do Fundo Monetário Internacional.

"Não são perfeitas, mas estamos aprendendo", defendeu Xu, em resposta a críticas que, afirmou, "não são novas", pois já foram ouvidas durante muitos anos "apesar de a China ter tido um firme crescimento econômico".

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Pequim - O governo da China anunciou nesta quarta-feira que espera um crescimento econômico entre 6,5% e 7% para este ano, e descartou que vá adotar grandes planos de estímulo para combater a desaceleração, depois de o PIB subir em 2015 em seu menor ritmo em 25 anos, e fecha o ano em 6,9%.

A afirmação foi feita pelo ministro responsável da Comissão Nacional de Reforma e Desenvolvimento (CNRD, o órgão de planejamento econômico), Xu Shaoshi, em entrevista coletiva em Pequim na qual ressaltou o "complexo" entorno doméstico e internacional que a potência asiática enfrenta.

Xu antecipou que para este ano as autoridades chinesas esperam um crescimento de entre 6,5% e 7% e se mostrou "confiante" de que essa faixa percentual poderá ser alcançada.

Ele também garantiu que "a situação mudou" para a China desde a crise financeira de 2008, quando Pequim iniciou um pacote de investimentos de 4 trilhões de iuanes (o equivalente a US$ 610 bilhões) para estimular a economia.

"É algo que fizemos no início da crise financeira internacional, e desempenhou um papel importante dadas as circunstâncias de então, mas hoje, na medida em que a situação mudou, não podemos recorrer a estímulos fortes para ajudar o crescimento", afirmou o ministro.

A China realizou cinco rebaixamentos nas taxas de juros e quatro nos coeficientes de caixa ao longo de 2015 e Xu considerou que estas medidas já foram "amortizadas".

"Algumas pessoas dizem que não são tão efetivas como quereriam que fossem, mas eu digo que temos que olhá-lo desde uma perspectiva diferente", explicou Xu, que insistiu que é preciso "ter em mente a nova normalidade da economia chinesa, porque o entorno, tanto o doméstico como o internacional, é ainda complexo".

O ministro chinês indicou que a política econômica de Pequim contempla outras questões além das medidas monetárias e fiscais, e acrescentou que o país está buscando como lidar com a queda dos preços das matérias-primas.

"Ainda mantemos um crescimento econômico de 6,9%, dentro de uma categoria razoável, e somente isto já mostra que nossa medidas macroeconômicas são efetivas", defendeu Xu.

O presidente da CNRD reivindicou que China é uma das economias que mais rápido se expandem, e que é "o principal motor do crescimento do mundo", utilizando dados do Banco Mundial para destacar que a contribuição chinesa a esse crescimento global foi de 25,8% ano passado.

"Um crescimento de dois dígitos não é o que buscamos", afirmou o responsável pelo planejamento econômico da China, que acrescentou que enquanto a taxa de desemprego se mantiver baixa é aceitável um menor crescimento do que o registrado nas últimas três décadas.

Além disso, o ministro chinês reconheceu que as estatísticas elaboradas por seu país "não são perfeitas", mas defendeu sua credibilidade, porque, disse, são obtidas com métodos "universais" e seguindo os padrões do Fundo Monetário Internacional.

"Não são perfeitas, mas estamos aprendendo", defendeu Xu, em resposta a críticas que, afirmou, "não são novas", pois já foram ouvidas durante muitos anos "apesar de a China ter tido um firme crescimento econômico".

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