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China deve acelerar aquisições de empresas de petróleo

Décadas de crescimento econômico vertiginoso empurraram a China para o topo do ranking em setembro

Plataforma de petróleo: Pequim também gastou bilhões em empréstimos subsidiados e apoios para garantir petróleo e gás na África e na América do Sul (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2013 às 12h03.

Singapura/Pequim - A China deverá acelerar aquisições de empresas de petróleo e gás no exterior para atender sua crescente demanda por energia à medida que o país ultrapassa os Estados Unidos como maior importador de petróleo do mundo.

Décadas de crescimento econômico vertiginoso empurraram a China para o topo do ranking em setembro, informou a Administração de Informações de Energia (AIE) dos EUA em um relatório nesta semana, posição que pode ser mantida em 2014.

"As importações crescentes serão um motor para as aquisições", disse Alex Yap, consultor de energia do FGE, em Cingapura.

"Do ponto de vista de uma nação, eles têm uma agenda de segurança no abastecimento, mas do ponto de vista das empresas chinesas, elas estão interessadas em se transformarem em impérios." As dificuldades em aumentar a produção doméstica têm levado as empresas chinesas, incluindo China National Offshore Oil Co.

(CNOOC) e a Sinopec, a gastar mais de 100 bilhões de dólares desde 2009 em ativos de petróleo e gás para aumentar as importações, mostraram dados da Thomson Reuters.

A CNOOC pretende dobrar sua produção anual de petróleo e gás de cerca de 60 milhões de toneladas para 120 milhões de toneladas de óleo equivalente, ou 2,6 milhões de barris por dia, até 2020 e 180 milhões de toneladas até 2030.

Pequim também gastou bilhões em empréstimos subsidiados e apoios para garantir petróleo e gás na África e na América do Sul.

Embora a China não traga todo o petróleo de seus ativos no exterior para o país, o acesso aos campos dá a Pequim segurança no abastecimento e permite ao país planejar suas metas de importação.


"As tradings estatais Unipec e Chinaoil estão negociando mais no mercado mundial do que o volume adquirido para atender as necessidades domésticas de refino", disse uma autoridade familiarizada com as estratégias de negociação de contratos de petróleo da China.

"Ao fazer aquisições no exterior, às vezes eles constróem refinarias como garantia para assegurar blocos de petróleo e gás, permitindo-lhes flexibilidade para tomar petróleo ou combustível refinado, ou se envolver em uma série de acordos de troca." Os números da AIE mostraram que o consumo de petróleo da China ultrapassou a sua produção em 6,3 milhões de barris por dia (bpd) em setembro, uma diferença que implica em demanda de importação. A diferença nos EUA foi equivalente 6,13 milhões de bpd.

A mudança aconteceu em parte como resultado de um salto nas exportações de produtos refinados de petróleo pelos Estados Unidos, por isso os norte-americanos podem retornar ao posto de numero um rapidamente. Mas as tendências sugerem que a China abrirá um intervalo significativo em breve.

A China deve divulgar os dados sobre importação de petróleo em setembro no sábado.

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Singapura/Pequim - A China deverá acelerar aquisições de empresas de petróleo e gás no exterior para atender sua crescente demanda por energia à medida que o país ultrapassa os Estados Unidos como maior importador de petróleo do mundo.

Décadas de crescimento econômico vertiginoso empurraram a China para o topo do ranking em setembro, informou a Administração de Informações de Energia (AIE) dos EUA em um relatório nesta semana, posição que pode ser mantida em 2014.

"As importações crescentes serão um motor para as aquisições", disse Alex Yap, consultor de energia do FGE, em Cingapura.

"Do ponto de vista de uma nação, eles têm uma agenda de segurança no abastecimento, mas do ponto de vista das empresas chinesas, elas estão interessadas em se transformarem em impérios." As dificuldades em aumentar a produção doméstica têm levado as empresas chinesas, incluindo China National Offshore Oil Co.

(CNOOC) e a Sinopec, a gastar mais de 100 bilhões de dólares desde 2009 em ativos de petróleo e gás para aumentar as importações, mostraram dados da Thomson Reuters.

A CNOOC pretende dobrar sua produção anual de petróleo e gás de cerca de 60 milhões de toneladas para 120 milhões de toneladas de óleo equivalente, ou 2,6 milhões de barris por dia, até 2020 e 180 milhões de toneladas até 2030.

Pequim também gastou bilhões em empréstimos subsidiados e apoios para garantir petróleo e gás na África e na América do Sul.

Embora a China não traga todo o petróleo de seus ativos no exterior para o país, o acesso aos campos dá a Pequim segurança no abastecimento e permite ao país planejar suas metas de importação.


"As tradings estatais Unipec e Chinaoil estão negociando mais no mercado mundial do que o volume adquirido para atender as necessidades domésticas de refino", disse uma autoridade familiarizada com as estratégias de negociação de contratos de petróleo da China.

"Ao fazer aquisições no exterior, às vezes eles constróem refinarias como garantia para assegurar blocos de petróleo e gás, permitindo-lhes flexibilidade para tomar petróleo ou combustível refinado, ou se envolver em uma série de acordos de troca." Os números da AIE mostraram que o consumo de petróleo da China ultrapassou a sua produção em 6,3 milhões de barris por dia (bpd) em setembro, uma diferença que implica em demanda de importação. A diferença nos EUA foi equivalente 6,13 milhões de bpd.

A mudança aconteceu em parte como resultado de um salto nas exportações de produtos refinados de petróleo pelos Estados Unidos, por isso os norte-americanos podem retornar ao posto de numero um rapidamente. Mas as tendências sugerem que a China abrirá um intervalo significativo em breve.

A China deve divulgar os dados sobre importação de petróleo em setembro no sábado.

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