Porto na China: compromisso foi firmado entre o Conselho Chinês de Promoção do Comércio Internacional e o Grupo de Líderes Empresariais (China Stringer Network/Reuters/Reuters)
Agência Brasil
Publicado em 29 de novembro de 2017 às 11h55.
A China assinou hoje (29) acordo de cooperação para aumentar a importação de produtos brasileiros.
O compromisso foi firmado entre o Conselho Chinês de Promoção do Comércio Internacional (CCPIT) e o Grupo de Líderes Empresariais (Lide) durante o seminário Brasil-China, que reuniu 400 empresários de ambos os países na capital paulista.
De acordo com o vice-presidente do Conselho Chinês de Promoção do Comércio Internacional, Chen Zhou, a China quer descobrir novas potencialidades de comércio com o Brasil, além dos principais produtos enviados atualmente, como soja, petróleo e minérios. "Os produtos brasileiros são muito bem-vindos, queremos explorar novas áreas de cooperação no comércio".
A cooperação chinesa incluiria também parceria na cadeia produtiva, com objetivo de reduzir o custo de logística que hoje significa grande entrave para o desenvolvimento industrial e do agronegócio brasileiro. Outra medida é a ampliação de seminários para facilitar a troca de experiências entre os empresários dos dois países.
Segundo Zhou, nos últimos quatro anos, o crescimento da China foi aproximadamente 7% e há previsão de crescimento estável semelhante nos próximos anos.
Atualmente, a China tem 200 empresas com investimentos em território brasileiro. "No Brasil, temos uma série de setores onde podemos trabalhar juntos, com parceira estratégica entre os dois países".
A cônsul-geral da China no Brasil, Chen Peijie, estima que, nos três primeiros trimestres deste ano, o investimento chinês no Brasil foi 63,5 bilhões de dólares, crescimento de 28,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.
No âmbito estadual, as exportações da China para São Paulo somaram 8,5 bilhões de dólares em dez anos, crescimento de 85% na década.
As importações da China de produtos produzidos em São Paulo aumentaram 400% em dez anos, totalizando 4 bilhões de dólares.
O secretário da Fazenda de São Paulo, Hélcio Tokeshi, disse que a meta é minimizar a importação pelos chineses de produtos primários, em detrimento dos bens acabados.
"Queremos comércio inter-indústria. Este é realmente o caminho pelo qual vamos caminhar pelos próximos anos, aumento da densidade comercial entre os dois países".