China e EUA têm primeira aproximação após guerra comercial
Os dois países assinaram um acordo em janeiro de 2020 com o objetivo de encerrar dois anos de guerra comercial. O acordo também prevê que as duas partes devem ter encontros a cada seis meses
AFP
Publicado em 27 de maio de 2021 às 07h45.
Última atualização em 27 de maio de 2021 às 07h56.
Autoridades comerciais chinesas e americanas tiveram a primeira conversa telefônica desde que Joe Biden se tornou presidente dos Estados Unidos, anunciou nesta quinta-feira (27) o ministério do Comércio da China.
As relações entre Pequim e Washington se deterioraram durante a presidência de Donald Trump, marcada por um conflito comercial entre as duas grandes potências mundiais.
O vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, conversou com Katherine Tai, Representante do Comércio dos Estados Unidos (USTR), em uma "troca construtiva" e em uma "atitude de igualdade e respeito mútuo", de acordo com um comunicado divulgado pelo ministério.
"A embaixadora Tai falou sobre os princípios que orientam a administração Biden-Harris, com foco nas políticas comerciais (...) ao mesmo tempo que mencionou as questões que preocupam", afirma, em um comunicado curto, o escritório da representante americana do Comércio.
Washington confirmou uma "reunião virtual" e uma conversa "sincera e pragmática".
Este foi o primeiro contato entre Tai, designada para o posto em março, e Liu He, principal conselheiro econômico do presidente Xi Jinping e negociador chefe na guerra comercial.
Os dois países assinaram um acordo em janeiro de 2020, com o objetivo de encerrar dois anos de guerra comercial, que continha dispositivos sobre a proteção da propriedade intelectual e as condições de transferência de tecnologia, grandes exigências dos Estados Unidos.
O acordo prevê ainda que as duas partes devem ter encontros de etapa a cada seis meses.
Mas o novo governo Biden anunciou em abril que faria um balanço das promessas cumpridas pela China no âmbito do acordo.
A "capacidade" da China de cumprir seus compromissos com os Estados Unidos é uma "prioridade", disse Katherine Tai.