Economia

China e EUA esboçam acordo para acabar com guerra comercial, dizem fontes

Pontos sensíveis: transferência forçada de tecnologia e roubo cibernético, propriedade intelectual, serviços, câmbio e barreiras não-tarifárias ao comércio

Bandeiras dos EUA e da China no Ministério de Relações Exteriores chinês, em Pequim  (Jacquelyn Martin/Reuters)

Bandeiras dos EUA e da China no Ministério de Relações Exteriores chinês, em Pequim (Jacquelyn Martin/Reuters)

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Reuters

Publicado em 21 de fevereiro de 2019 às 07h53.

Washington - Os Estados Unidos e a China começaram a esboçar acordos em princípio sobre as questões mais complicadas em sua disputa comercial, marcando o progresso mais significativo até agora na direção de encerrar a guerra comercial que já dura sete meses, de acordo com fontes familiarizadas com as negociações.

As duas maiores economias do mundo aplicaram tarifas uma sobre a outra sobre centenas de bilhões de dólares em bens, desacelerando o crescimento econômico global e afetando as cadeias de oferta e a indústria.

Embora autoridades realizem discussões de alto nível na quinta e sexta-feiras em Washington, elas divergem em relação a exigências feitas pelo governo norte-americano para mudanças estruturais na economia da China.

Mas as linhas gerais do que pode formar um acordo estão começando a surgir das negociações, disseram as fontes, conforme os dois lados buscam um acordo até 1 de março. Essa data marca o fim de uma trégua de 90 dias com que Trump e o presidente chinês,Xi Jinping, concordaram quando se encontraram no final do ano passado.

Os negociadores estão esboçando seis memorandos de entendimento sobre questões estruturais: transferência forçada de tecnologia e roubo cibernético, direitos de propriedade intelectual, serviços, câmbio, agricultura e barreiras não-tarifárias ao comércio, de acordo com duas fontes familiarizadas com o avanço das discussões.

Em reuniões entre autoridades dos EUA e da China na semana passada em Pequim, os dois lados trocaram textos e trabalharam em um esboço sobre obrigações, de acordo com uma das fontes.

O processo se tornou uma negociação comercial real, disse a fonte, tanto que no final da semana os participantes consideraram permanecer em Pequim para continuar trabalhando. Mas em vez disso concordaram com uma pausa por alguns dias e em se reencontrarem em Washington.

As fontes pediram anonimato para poderem falar com franqueza sobre as negociações.

O porta-voz do Ministério do Comércio da China, Gao Feng, recusou-se a falar nesta quinta-feira sobre os memorandos de entendimento.

(Reportagem adicional de Michael Martina, Jing Xu, Muyu Xu e Martin Pollard em Pequim e de David Lawder em Washington)

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