Economia

China diz que vai responder se EUA intensificarem tensão comercial

Porta-voz chinês disse que país não quer disputar uma guerra comercial, mas que não tem medo de disputá-la. G20 pode abrir caminho para acordo

EUA E CHINA: guerra comercial pode começar a ser resolvida durante G20. Encontro entre presidentes ainda não está confirmado (Artyom Ivanov/Getty Images)

EUA E CHINA: guerra comercial pode começar a ser resolvida durante G20. Encontro entre presidentes ainda não está confirmado (Artyom Ivanov/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 11 de junho de 2019 às 09h38.

Última atualização em 11 de junho de 2019 às 10h07.

PEQUIM — A China vai responder com firmeza se os Estados Unidos insistirem em intensificar as tensões comerciais, afirmou o Ministério das Relações Exteriores nesta terça-feira depois que o presidente norte-americano, Donald Trump, disse que mais tarifas estão prontas se nenhum acordo for alcançado na cúpula do G20 deste mês.

Trump tem afirmado repetidamente que está se preparando para encontrar o presidente chinês Xi Jinping, na cúpula em Osaka no final de junho, mas a China não confirmou.

Trump afirmou na semana passada que decidirá após a reunião dos líderes das maiores economias do mundo se levará a cabo a ameaça de impor tarifas sobre ao menos 300 bilhões de dólares em produtos chineses.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Geng Shuang, mais uma vez não confirmou o encontro entre Xi e Trump no G20, afirmando que a informação será divulgada quanto estiver disponível para a pasta. "A China não quer disputar uma guerra comercial, mas não temos medo de disputar uma guerra comercial", disse ele, acrescentando que as portas da China estão abertas para negociações baseadas em igualdade. "Se os EUA só querem intensificar os atritos comerciais, nós vamos responder firmemente e lutar até o fim."

G20 pode abrir caminho para acordo, mas nada definitivo, diz secretário

O Secretário do Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, disse hoje que não será possível americanos e chineses fecharem um acordo comercial definitivo durante a reunião de cúpula de líderes do G20 prevista para o fim deste mês, em Osaka, no Japão, embora o fórum possa ajudar a criar um caminho à frente. "No G20, será no máximo...algum tipo de acordo sobre um caminho à frente, mas com certeza não será um acordo definitivo", disse Ross.

Segundo Ross, que falou em entrevista à emissora americana CNBC, apenas um acerto de "alto nível" poderá ser alcançado em Osaka, do tipo que abra o caminho para avanços mais adiante.

As negociações comerciais entre EUA e China foram interrompidas semanas atrás.

Acompanhe tudo sobre:ChinaDonald TrumpEstados Unidos (EUA)G20Guerras comerciaisXi Jinping

Mais de Economia

Corte anunciado por Haddad é suficiente para cumprir meta fiscal? Economistas avaliam

Qual é a diferença entre bloqueio e contingenciamento de recursos do Orçamento? Entenda

Haddad anuncia corte de R$ 15 bilhões no Orçamento de 2024 para cumprir arcabouço e meta fiscal

Mais na Exame